João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
17/08/2017 17h47
A morte pegou Elvis de bobs no WC

Lembro muito bem da morte de Elvis, dia 16 de agosto de 1977. O cara era uma lenda viva. Eu, ainda um garotinho na década de 1970, via seus filmes na TV (como o da foto acima, "O Seresteiro de Acapulco", 1963). A notícia de sua morte ecoou por todos os meios de comunicação da época, dia e noite, era só sobre o que se falava. Foi algo, para mim, impressionante.

Ontem, portanto, fez 40 anos de sua morte. Quando penso em canções dele, as primeiras que surgem na cabeça são Kiss Me Quick e It's Now Or Never.

Entretanto, um fato prosaico envolvendo sua morte é que ele faleceu no banheiro. Isso mesmo, a morte pegou o Rei do Rock sentado no trono sanitário. Sua namorada encontrou-o ali, sem vida, por volta das duas da tarde. Teria ido ao WC lá pelas 09h30min.

Um antepassado meu, é história em minha família, morreu sentado no WC, também. Então esse fato sempre marcou minha memória.

Somos  tão frágeis, não é mesmo. Tem gente que morre dormindo, mais do que gente que morre no WC. Morremos quando menos esperamos, da maneira mais inesperada possível. Não teve um ator que morreu pendurado dentro de um armário de hotel, asfixiando-se com uma corda a fim de aditivar a masturbação? Pois é, mas daí o cara está se arriscando, não é mesmo. Até que um cara foi segurar um pum na casa da namoradae morreu eu tive notícia, esses dias. Incrível.

Mas quem imagina que vai dormir e morrer? Ir tomar banho e morrer? Ir escovar os dentes e morrer? Ir transar e morrer? Ir se masturbar e morrer? Segurar um pum e morrer? ir defecar e morrer? Mas acontece. Foi assim com Elvis e com o meu antepassado.

Todavia, como disse Mário Quintana, no Caderno H: " O NIVELAMENTO FINAL - nem ao menos a morte iguala a tudo. Se é verdade que todos terminamos cadáveres, uns são os cadáveres de Einstein, se Aga Khan ou de Marilyn Monroe, e outros os de José Fgundes ou o de Joaquininha da Silva..."

Pois é, 40 anos depois, a morte de Elvis ainda é lembrada; 60 anos após a morte do meu parente, quem se recorda ainda dele, fora alguns membros, não todos, de minha família?

Talvez, daqui uns 100 mil anos, nem Elvis será lembrado.

PS - A propósito, quem é esse Aga Khan do qual Quintana fala? Diga sem olhar no Google.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 17/08/2017 às 17h47
 
12/08/2017 16h41
CLARA NUNES

Hoje, se viva, Clara Nunes estaria completando 75 anos. Contemporânea da geração de sambistas de Beth Carvalho e Alcione e de outras artistas como Gal Costa, Maria Betânia e Elis Regina (falecida em janeiro de 1982), a mineira órfã que fez carreira no Rio de Janeiro foi uma excelente cantora de sambas, dona de uma grande voz e uma intérprete ímpar, maravilhosa, que parecia "contar" para o público as historias de suas canções.

Em discos como Claridade (1975), Canto das Três Raças (1976), Guerreira (1978), Esperança (1979), Brasil Mestiço (1980 – foto abaixo), Clara (1981) e Nação (1982), gravou sucessos inesquecíveis, dentre eles O Mar Serenou, Conto de Areia, Viola de Penedo, Feira de Mangaio, Nação, Canto das Três Raças, Morena de Angola, Portela na Avenida, Guerreira, Juízo Final, Na Linha do Mar e A Deusa dos Orixás.

Faleceu em 2 de abril de 1983, aos 40 anos, 28 dias após uma operação de varizes, devido à reação alérgica à anestesia. Dia 17 de agosto, no Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo, em Porto Alegre, acontecerá show em sua homenagem.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 12/08/2017 às 16h41
 
01/08/2017 10h39
Eu confesso, Joss Stone, ...

...que ainda guardo mágoa daquele show em Porto Alegre que tu cancelou e para o qual eu já tinha, há meses, comprado ingresso. Não cheguei ao ponto de jogar fora todos aqueles CDs teus que eu tenho, mas confesso também que não comprei os que tu lançou depois daquele novembro de 2012. Como diria o Lobão, ficou tudo cinza sem você e a nossa relação nunca mais foi a mesma.

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 01/08/2017 às 10h39
 
25/07/2017 10h49
150 ANOS DE "O CAPITAL", DE KARL MARX

Hoje, há 150 anos, em Londres, Marx concluía o prefácio de O Capital, que seria lançado em 14 de setembro de 1867. O prefácio vem com a data de 25 de julho de 1867. O  livro da imagem acima é uma edição brasileira da Bertrand, o Livro I, em dois volumes. Comprei ela no início dos anos 1990, quando estudava Sociologia na Unisinos e trabalhava no Sindimetal Charqueadas. Na verdade o nosso diretório acadêmico (Karl Marx - Lutar para trasformar) fez uma rifa e eu vendi alguns números pro pessoal do sindicato. Um dirigente, que era do PFL, ganhou a rifa. Então comprei o livro dele. O dirigente, tempos depois, filiou-se ao PCdoB, vejam só o que é a vida. Deve ter se arrependido da venda.

Reproduzo abaixo a parte final do prefácio, que acho a mais interessante, visto que explica o motivo da obra ter despertado tantas paixões e ódios:

"Para evitar possíveis mal-entendidos, mais uma palavra. Não pintei a cor-de-rosa as figuras do capitalista e do proprietário fundiário. Mas aqui só se trata de pessoas na medida em que elas são a personificação de categorias económicas, suportes de determinados interesses e relações de classes. O meu ponto de vista, segundo o qual o desenvolvimento da formação económica da sociedade é assimilável à marcha da natureza e à sua história, pode menos que qualquer outro tornar o indivíduo responsável por relações de que socialmente ele é afinal a criatura, por mais que ele se queira libertar delas.

No campo da economia política, a investigação livre e científica encontra muitos mais inimigos do que nos outros campos. A natureza particular do assunto de que trata ergue contra ela e leva para o campo de batalha as paixões mais vivas, mais mesquinhas e mais odiosas do coração humano, todas as fúrias do interesse privado. A Igreja de Inglaterra, por exemplo, perdoará muito mais facilmente um ataque a 38 dos seus 39 artigos de fé do que a 1/39 dos seus rendimentos. Comparado à crítica da velha propriedade, o próprio ateísmo é hoje uma culpa levis. Todavia, é impossível não reconhecer um certo progresso neste aspecto. Basta-me para isso remeter o leitor para o Livro Azul publicado nestas últimas semanas: Correspondence with Her Majesty's Missions Abroad, regarding Industrial Questions and Trade's Unions. Os representantes estrangeiros da coroa inglesa exprimem claramente nesta obra a opinião de que na Alemanha, na França, como em todos os estados civilizados do continente europeu, uma transformação das relações existentes entre o capital e o trabalho é tão sensível e tão inevitável como na Grã-Bretanha. Ao mesmo tempo, do outro lado do Atlântico, o Sr. Wade, vice-presidente dos Estados Unidos da América do Norte, declarava abertamente em várias reuniões públicas, que depois da abolição da escravatura a questão na ordem do dia seria a da transformação das relações do capital e da propriedade fundiária. Tudo isto são sinais dos tempos, que nem mantos de púrpura nem sotainas negras podem ocultar. Não significam, de modo algum, que amanhã vão acontecer milagres; mas mostram que mesmo nas classes sociais dominantes começa a despontar o pressentimento de que a sociedade actual, muito longe de ser um cristal sólido, é um organismo susceptível de mudança e em permanente processo de transformação.

O segundo volume desta obra tratará da circulação do capital (livro II) e das diversas formas que reveste o seu desenvolvimento (livro III). O terceiro e último volume exporá a história da teoria (livro IV).

Qualquer apreciação inspirada numa crítica verdadeiramente científica, é para mim benvinda. Quanto aos preconceitos da chamada opinião pública, à qual nunca fiz concessões, tenho por divisa, agora como sempre, as palavras do grande Florentino:

Segui il tuo corso, e lascia dir le genti! 

Londres, 25 de Julho de 1867.

Karl Marx"

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 25/07/2017 às 10h49
 
14/07/2017 11h56
Aniversário do meu pai

ANIVERSÁRIO DO MEU PAI
Chego na casa do velho agora de manhã. 81 anos e ainda anda, fala, escuta e vai no WC sozinho. Dou abraço e tal. Depois de um tempo, ele pergunta, todo faceiro:
- Tá, e o meu presente?
- Ih pai, tô mal de grana - respondo. Aliás, tem "miu reau" pra me emprestar?
ADORO ESSE VEIO, EH EH EH EH EH Parabéns pai!

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 14/07/2017 às 11h56
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