Dia triste para o Brasil e seu povo. As pessoas morrendo e o Governo Federal preocupado com suas questões internas. Acabo de assistir o pronunciamento do Presidente da República falando da saída do ministro da Justiça. Uma pessoa dessas só pode mesmo trarar a pandemia como está tratando, pois num momento grave desses, mostra que ela não está em sua cabeça como preocupação fundamental. Só deve pensar no seu poder e, por isso, quer a prioridade da economia, do lucro dos grandes, em detrimento da vida dos pequenos. Deus nos proteja, pois o nosso governo não está priorizando isso. Que momento surreal, grotesco e infeliz estamos vivendo. Não bastasse nossos dramas pessoais pela sobrevivência no dia a dia, e também isso. Só a fé, a ciência e o isolamento social ajudarão o povo nesse momento.
Hoje completamos 11 anos da oficialização civil da nossa união, que já dura 23 anos. Uma benção acordar hoje pela manhã, num dia, além de lindo, com esse marco especial.
No dia do casamento, no cartórtio, nós, o Pedro, a tia Dione e a Joana, então com 12 anos incompletos. Não quisemos fazer nada na data por dois motivos: já nos considerávamos casados; a união civil se deu por necessidade formal. Contudo, foi uma data que ficou em nossa história. E, de uns anos para cá, passamos a cultivá-la.
Agora pensamos em casar no religioso. Mas isso vai ter de esperar, devido ao momento pelo qual o mundo passa.
Amor, ao teu lado, seja civil, religioso ou ajuntado, sou um homem feliz, sou um homem realizado.
Hoje a Joana passou aqui. Com a roupa dessa foto, que ela tirou na casa dela. Tava bonita. Veio buscar máscaras para usar. Teve de ir no supermercado fazer compras. Ficou no pátio sentada conversando conosco umas três horas, mantemos o distanciamento social recomendado pela OMS. Conferiu pela janela a reforma da biblioteca. Sofri com isso? Não, uma nova normalidade é necessária e deve ser rigorasamente praticada, pois será assim que teremos chances. Minha felicidade é todos estarem bem e se falando. Adorei a visita dela, é a terceira vez que vem nos ver durante o período de isolamento social. Consciente e responsável a minha garota, me conforta e alegra o coração ver isso.
Minha sogra pediu umas máscaras para minha esposa. Hoje ela saiu de casa com mais frequência, o que acho temerário. Foi colocar carga no celular, comprar refri, a outra não sei. Eu acho que algumas pessoas mais idosas, do grupo de risco, como ela, não se dão conta justamente que a normalidade de antes é impraticável agora. Ou então é o jeito delas de enfrentar a gravidade da situação sem pirar, ou seja, buscando uma normalidade artificial. Um perigo, isso. A minha esposa fala, mas não adianta, o que lhe pesa no espírito. O fato é que as pessoas são proprietárias do seu livre arbítrio. Que Deus a proteja, é uma boa pessoa, possui um coração caridoso, educado e gentil.
Não foi ao final da tarde, mas sim próximo à meia-noite que finalmente liberei a biblioteca para uso, após estar, desde o dia 5, com intervalos, em reforma. Agora só faltam alguns detalhes, organização de algunas livros nas estantes, coisa pequena. A esposa fez um café para tomarmos, comemorando a realização doméstica. Coisa boa.
Meu sogro é um cara que admiro, por ele se cuidar muito, há décadas. Nem aparenta os 75 anos que tem, tal o vigor físico que ainda apresenta. É mineiro aposentado, diabético com sequelas cardíacas e renais, as últimas devido ao uso da metformina, segundo sua útima consulta médica. Está de óculos, ao meu lado, nessa foto em Torres, em janeiro de 2015,
Ele caminha duas vezes por dia dentro de seu pátio, que é grande, por uma hora, passo largo e firme. Cuida alimentação, remédios. Sua glicose é, pela manhã, em jejum, noventa e poucos. Tomo ele como exemplo, pois sou diabético tipo 2, também. Quero ter os cuidados dele aos 75. Ele diz sempre que quer chegar aos noventa e, se for antes, será sob protesto.
Já contei esses dias que o arteiro foi numa festa familiar em Porto Alegre, né? Pois bem, ontem vi ele na rede, com o cabelo em dia, e perguntei pra minha esposa: - O teu pai passou gel no cabelo? - Não, foi no barbeiro. Pasmei. Putz, ir no barbeiro, numa situaçao dessas! Mas fazer o quer, né? Ele é que sabe.
Hoje teve de ir a Porto Alegre fazer exames, coisa necessária e importante, sem perspectiva de adiamento, no caso dele. O irmão dele o leva de carro. Fico com o coração na mão, sempre que ele sai por necessidade. Quando é sem, só lastimo.
Biblioteca - Estou na fase final de arrumação. Hoje ao final da tarde tomarei café com ela pronta.