O dia de ontem marcou os 53 anos do falecimento de James Marshall Hendrix (1942 - 1970), o indescritível guitarrista que entrou para a história da música popular ocidental no século XX como Jimi Hendrix.
Estadunidense de Seatle, no auge dos anos 1960, durante a Guerra do Vietnã, deu uma entrevista onde lhe perguntaram acerca de sua literalmente "incendiária" apresentação no Festival de Monterey (1), em 18 de junho de 1967:
- Jimi, você não acha loucura incendiar uma guitarra no palco?
- Pra mim loucura é incendiar o Vietnã..
Todos os artistas rock dos anos 1960 e 70, adeptos do slogan Paz & Amor do Movimento Hippie, se posicionavam politicamente e manifestações contra a guerra faziam parte de tal ideário. Eram anos politizados e a arte em geral - e a música especificamente - ecoavam isso. Hendrix se enquadrava dentro deste contexto histórico, político, cultural e social.
Ano passado já escrevi um artigo sobre o artista e sua influência como guitarrista (Hendrix, 80 anos), suas incríveis musicalidade e presença de palco, portanto não é o caso de voltar ao assunto, por demais conhecido. Somente quero ressaltar que, cinco décadas depois, o mundo continua ardendo e consumindo vidas em guerras, enquanto as guitarras não.
Tocar guitarra não é um ato isolado do mundo. O genial Hendrix, talvez o maior de todos os guitarristas rock, provou isso em sua breve passagem por este plano físico.
(1) - Vídeo You Tube: Jimi Hendrix, Wild Thing, 1967