João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos

64 anos de casamento!

 

Sabem o que é fabulita? Não? Nem eu! E não vou pesquisar o que é agora para escrever essa crônica. Mas é o que os tricolores Walter e Iolanda Oliveira completaram ontem, Bodas de Fabulita. De qualquer forma, isso é algo fabuloso, né? Ano que vem podem pedir nova aposentadoria, agora para receberem pelo casamento que completará 65 anos, idade limite na nova regra. Merecem ou não um outro salário por isso? Mas claro que sim!

 

Conheço-os há quase quarenta anos, são sogros da minha irmã. Ele tem 93 e ela 80. Conheceram-se em Butiá, onde o gaiteiro Walter formava dupla com seu irmão Waltério ao violão, tocando nos bailes e no coração da jovem Iolanda. Estão ainda juntos, cinco filhos, onze netos, seis bisnetos e um tataraneto depois. Walter largou a música, mas continuou tocando em eventos familiares. Quantas vezes acompanhei sua voz e sua gaita no violão, com minha mãe cantando junto. "O que tem a Rosa Tão desfolhada Foi o sereno Da madrugada". Bons tempos, mas bah, que baita saLdade. É a paciência e a calma em pessoa, o seu Walter, o mais fleugmático dos fleugmáticos. Desconheço outro igual. Já dona Iolanda é um pouco mais sanguínea, mas bem pouco, a querida. Formam um casal mega simpático. Até bem pouco ainda cantavam na igreja, durante a missa.

 

Todos os Oliveira tiram um som, mas gaita só o seu Walter toca. E tem mais: ele foi na inauguração do Olímpico, em 1954 e, em dezembro de 2019, junto com meu cunhado e um sobrinho, o levamos para conhecer a Arena (Seu Walter foi na Arena aos 88). Foi um privilégio e uma emoção. O levaria de novo hoje, se não fosse dia de jogo lotado e com previsão de novo ciclone, totalmente impróprio para sua idade avançada. Aliás, meu cunhado e sobrinho estão devendo essa nova ida a ele. Mexam-se, Oliveiras!

 

Com certeza o casal acompanhará hoje pela TV a partida semifinal pela Copa do Brasil contra o Flamengo, na Arena. Darão sorte para o Grêmio de Kannemann, Geromel, Luan e Suárez. Ano que vem, em julho, completarão bodas de ferro ou safira azul (existem as duas opções), metal e pedra que tem tudo a ver com um casal tricolor longevo como eles.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 26/07/2023
Alterado em 26/07/2023
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