João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
14/09/2008 18h45
Laço de fita
O Laço de Fita

Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos , formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.

Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.

E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!

Meu Deus! As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.

Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.

Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia liberte as tranças
Mas eu ... fico preso
No laço de fita.

Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova ... formosa pepita!
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.

São paulo, Julho de 1868.
Castro Alves
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 14/09/2008 às 18h45
 
10/09/2008 11h10
Olhos verdes
Olhos verdes - Gonçalves Dias

São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos por que morri;
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor,
Têm luz mais branda e mais forte,
Diz uma - vida, outra - morte;
Uma - loucura, outra - amor.
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

São verdes da cor do prado,
Exprimem qualquer paixão,
Tão facilmente se inflamam,
Tão meigamente derramam
Fogo e luz do coração
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
depois que os vi!

São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
Mas verdes da cor do prado,
Mas verdes da cor do mar.
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Como se lê num espelho,
Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mim,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança,
De uns olhos verdes que vi!
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Dizei vós: Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
uns olhos da cor do mar:
Eram verdes sem esp¿rança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que ai de mim!
Não pertenço mais à vida
Depois que os vi!
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 10/09/2008 às 11h10
 
31/08/2008 19h57
Literata de Charqueadas premiada em concurso de poesia

A poetisa charqueadense Rosilane Rocha conseguiu o terceiro lugar no III Prêmio Lila Ripoll de Poesia, promovido pela Assembléia Legislativa (AL) do Rio Grande do Sul, com a poesia Constatação. A cerimônia de entrega aconteceu dia 12 de agosto, à noite, no Teatro Dante Barone, na AL, contando com a presença dos deputados Alceu Moreira, presidente da AL, e Raul Carrion, presidente da comissão organizadora do prêmio. Foram mais de 750 poesias inscritas, de autores de todo o Brasil.
       O Prêmio Lila Ripoll de Poesia foi criado pela AL em 2005, por iniciativa da deputada Jussara Cony, para assinalar o centenário de nascimento da proeminente escritora gaúcha, nascida em agosto de 1905 e falecida em fevereiro de 1967. Os jurados dessa edição foram Regina Zilberman (professora UFRGS), Luis Coronel (poeta), Marilice Costi (Academia Literária Feminina do RS) e Alba Ficagna de Oliveira (professora FAPLAN). O livro com as poesias selecionadas será publicado durante a próxima Feira do Livro de Porto Alegre.
(Foto: Rosilane Rocha com o deputado Carrion).

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 31/08/2008 às 19h57
 
25/08/2008 00h20
Música e futebol
Ontem defendi as minhas duas canções que haviam sido selecionadas para estarem entre as 24 que se apresentariam na mostra de música de Charqueadas, de onde seriam selecionadas 12 para integrarem o CD que a prefeitura vai lançar. Passaram as duas. Não esperava, sinceramente, pois o nível estava alto. "Samba Canção do Guarda Velho" e "Daquela Noite". A primeira eu toquei sozinho, usando o violão Takamine de nylon do meu cunhado. A segunda foram eu na guitarra (usei um pedal flanger da Boss pra timbrar), meu cunhado no violão nylon e minha mãe no vocal (ele canta bem, é tri afinada). Na música que eu cantei, cuidei bem da afinação da voz e investi mais na interpretação debochada, pois ela é uma música caricata. Deu certo.

E o meu time, hoje, empatou aos 49 do segundo tempo com o Naútico. O Grêmio está com atitude de campeão.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 25/08/2008 às 00h20
 
17/08/2008 18h26
De volta
Estou de volta, depois de um tempo ausente do Recanto das Letras por compromissos profissionais. E volto no dia em que o Grêmio faz 1x0 no São Paulo e é cada vez mais líder do brasileirão. Um bom dia pra voltar, então.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 17/08/2008 às 18h26
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