João Adolfo Guerreiro
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Meu Diário
17/05/2008 17h39
Marina voltou a caminhar na trilha certa
A ministra do Meio Ambiente, senadora Marina da Silva, demitiu-se. Fez bem, estava como figura decorativa no governo Lula, onde a visão de desenvolvimento econômico era hegemônica ante a visão de desenvolvimento ecológico. Quem acompanha o noticiário sabe do que eu estou falando. Melhor ela ficar no parlamento defendendo a causa ambiental com mais liberdade e vigor, sublinhando a sua biografia de militante política da causa ecológica. . A demissão foi no dia 14 de maio, data que, coincidência ou não, marca os seis anos da morte do ambientalista José Lutzemberger.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 17/05/2008 às 17h39
 
06/05/2008 00h10
06 de Maio de 1968: A Noite das Barricadas

Cresce a escalada da violência em Paris. Uma multidão sobe a Rue St. Jacques, disposta a retomar a Sorbonne ocupada por policiais. Rodolfo e Mimi não viveram para ver a cena: La Rouge, Alain Geismar (secretário do Snesup) e Jaques Sauvageot (vice-presidente da Unef) lideram mais uma baderna no Quartier Latin.

As primeiras barricadas aparecem. Um poderoso efetivo da tropa de choque impede-lhes a passagem. A batalha começa. De um lado, rapazes e moças jogam nos policiais paralelepípedos arrancados das ruas. Estes respondem com granadas de gás lacrimogêneo. A vanguarda dos estudantes é formada por rapagões, a cabeça protegida por capacetes de moto. As moças repõem a munição, com paralelepípedos e pedras. Durante a batalha, que durou quase duas horas, 350 policiais foram feridos, a maioria com fraturas. Os estudantes se aperfeiçoam: protegem os olhos com óculos de mergulhadores e bicarbonato de sódio, como antídoto contra o gás. Rádios portáteis transmitem-lhes ordens da liderança. É o prenúncio das barricadas que deixariam Paris em chamas nas noites de 10 e 24 de maio.

Naquela altura, a cobertura do incidente pela Imprensa (eram mais de mil repórteres, a maioria pega de surpresa) foi realizada apenas por emissoras periféricas, com transmissores localizados em Luxemburgo ou em Monte Carlo, e com unidades móveis em Paris. Com o silêncio da Office de la Radio Télévison Française, (ORTF, estatal), os franceses só ficaram sabendo da situação “por fora”. Censura? O constrangimento foi tanto que, envergonhados e revoltados, seus funcionários se declararam em greve geral em prol da liberdade de informação.

Um dos 1.434 correspondentes da rebelião é o jornalista Flávio Alcaraz Gomes, que escreveu A Rebelião dos Jovens (editora Globo, esgotado) sobre os incidentes de maio em Paris. Enviado à Cidade-Luz para cobrir uma conferência diplomática, se viu no meio de uma guerra civil. Como testemunha ocular, ele pôde descrever, com riqueza de detalhes, o que aconteceu durante a balbúrdia estudantil de 1968:

Acabei de despachar pelo teletipo meu serviço para o Correio do Povo e volto ao Boulevard St. Michel, foco da rebelião. Uma multidão de jovens está entrincheirada em pelo menos 20 barricadas, de onde grita insultos contra o governo. 'De Gaulle assassino’ é a frase repetida em uníssono. A Polícia se decide: é preciso 'limpar' o quartier antes de o dia nascer. 2h50min. A polícia ataca. Parece uma carga de infantes medievais. A primeira barricada, na metade da avenida, cai com pouca resistência. As próximas ao Jardim de Luxembourg, porém, parecem inexpugnáveis. Quando as tropas se aproximam, são recebidos com uma saraivada de pedras e por dezenas de automóveis incendiados, jogados lomba abaixo. Gente chora, devido ao gás e às pancadas. Sirenes rasgam a noite. Fogueiras por toda parte. Moços e moças bradam desesperados por socorro - e a guerra prossegue até às 6h da primeira manhã em que Paris esteve em chamas”.

A Paris dos amantes agora arranca paralelepípedos das ruas e enche os muros de dizeres: Soyez solidaires et non solitaires! (Sejam solidários, e não solitários!); Même si Dieu existait il faudrait le supprimer (Mesmo se Deus existisse, seria preciso suprimi-lo); À bas les journalistes e ceux qui veulent les ménager (Abaixo os jornalistas e aqueles que querem manejá-los); Les syndicats sont des bordels (Os sindicatos são bordéis); La liberté est le crime qui contient tous les crimes (A liberdade é o crime que encerra todos os crimes); Ceux qui font les révolutions à moitié ne font que se creuser un tombeau (Aqueles que fazem as revoluções pela metade nada mais fazem do que cavar seu túmulo); E, destacando-se das demais, a que ficou como marca registrada: Défense d`interdire! (É proibido proibir)
."


Fonte:
Marcelo Xavier - site Sandino
(30.09.2005)

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 06/05/2008 às 00h10
 
03/05/2008 20h07
Cronologia do "Maio Francês"
Cronologia do "Maio Francês" de 1968.

8 de Janeiro: Na universidade de Nanterre, arredores de Paris, o ministro da Juventude e Desportos, François Missoffe, é vaiado pelos estudantes.

20 de Março: É atacada por manifestantes em Paris uma agência do American Express, como protesto contra a guerra do Vietname.

22 de Março: Nanterre: estudantes ocupam um edifício administrativo e é criado o movimento 22 de Março, encabeçado por Daniel Cohn-Bendit que viria a ser um dos mais activos da revolta.

2 de Maio: Novos incidentes entre os estudantes e a polícia em Nanterre, sendo encerrada a Faculdade de Letras.

3 de Maio: No pátio da Sorbonne há uma reunião de estudantes e estes exigem o acesso aos anfiteatros. O reitor, quebrando uma regra secular, chama a polícia para entrar nas instalações universitárias. A polícia acaba por entrar nas instalações e são detidos vários alunos. Muitos outros jovens são detidos nessa noite em manifestações no Quartier Latin. A Universidade é ocupada pela polícia.

4 de Maio: Daniel Cohn-Bendit, Jacques Sauvegeot (vice-presidente da União Nacional dos Estudantes Franceses) e Alain Geismar (secretário do Sindicato do Ensino Superior) tornam-se os rostos mais conhecidos da contestação dos estudantes.

6 de Maio: Realizam-se novas manifestações no Quartier Latin e são erguidas barricadas. Confrontos entre a polícia e manifestantes. Há 400 detenções e cerca de 500 feridos.

7 de Maio: Uma manifestação que reúne milhares de estudantes acaba em novos confrontos com a polícia.

8 de Maio: O Ministro da Educação, Alain Peyrefitte, anuncia no Parlamento que a Sorbonne e a Universidade de Nanterre poderão reabrir. Realizam-se novas manifestações estudantis.

10 de Maio: Manifestações diante da prisão de La Santé. A polícia bloqueia as pontes do rio Sena. Os estudantes ocupam o Quartier Latin e fazem barricadas. Seguem-se os confrontos que se prolongam pela madrugada e seriam os mais violentos desde o início desta crise. Os estudantes tiram as pedras da calçada para atacar as forças policiais.

11 de Maio: As principais confederações sindicais convocam uma greve geral para dia

13 de Maio. O primeiro-ministro, Georges Pompidou, interrompe a visita que estava a fazer ao Afeganistão e no regresso anunciou a reabertura da Sorbonne no dia 13.

13 de Maio: A Sorbonne é reaberta e ocupada pelos estudantes. No Festival de cinema de Cannes as projecções são suspensas. Há manifestações por toda a França. A greve geral afecta todo o país.


15 de Maio: Os operários da Renault decretam uma greve e ocupam as instalações da fábrica em Cléon.

16 de Maio: O movimento grevista alastrou a mais de 50 empresas. A sede da Academia Francesa é ocupada.

19 de Maio: A emissão da ORTF (televisão) passa a ser controlada pelos jornalistas e técnicos.

20 de Maio: Ocupação do porto de Marselha pelos trabalhadores. As centrais eléctricas e de telefones estão bloqueadas.

21 de Maio: A greve envolve já cerca de 07 milhões de trabalhadores. O filósofo e escritor Jean-Paul Sartre (que recusara o Nobel da Literatura em 1964) fala aos estudantes na Sorbonne. Os teatros de Paris estão ocupados.

22 de Maio: Na Assembleia Nacional é derrotada uma moção de censura apresentada contra o Governo. As autoridades retiram a Daniel Cohn-Bendit, que tem nacionalidade alemã, a licença de permanência em França.

27 de Maio: Governo, sindicatos e patrões assinam um acordo que prevê o aumento do salário mínimo, redução do horário de trabalho e diminuição da idade da reforma.

28 de Maio: Demissão do ministro da Educação, Alain Peyrefitte.

30 de Maio: O General De Gaulle anuncia a dissolução do Parlamento, recusa demitir-se e convoca eleições antecipadas para Junho. Ao mesmo tempo adia o referendo que anunciara dia antes.

31 de Maio: De Gaulle remodela o governo e realizam-se manifestações de apoio ao general. Junho: a maioria governamental alcança vitória esmagadora.


Fonte
:
http://diario.iol.pt/internacional/maio-de-68-estudantes-paris-revolucao-franca-cronologia/946418-4073.html
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 03/05/2008 às 20h07
 
02/05/2008 17h19
Maio Francês - 40 anos
Na foto, o filósofo Sartre e o líder estudantil francês Daniel Cohn-Bendit.

O movimento dos estudantes do mês de Maio de 1968 na França entrou para a história como o marco de acontecimentos políticos, sociais e culturais de um ano muito importante do século passado, que influenciou amplamente o mundo ocidental nos últimos 40 anos.

Em 02 de maio de 1968, ocorreram incidentes entre a policia francesa e os estudantes que ocupavam desde 22 de março a Universidade de Nanterre, nos arredores de Paris. Foi o estopim de toda uma série de acontecimentos paradigmáticas na história do século XX...
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 02/05/2008 às 17h19
 
30/04/2008 17h54
Déborah Secco no lançamento da camisa nova do Grêmio
Como não ser gremista desse jeito? Eh he eh eh.
Essa moça é muito simpática e educada mesmo.
E uma namorada e tanto para o Roger,
pois até dá uma força pro clube em que ele joga.

Está causando uma baita boa impressão aqui no Rio Grande essa menina. Nos eventos que vai ou quando está no estádio, é muito atenciosa para com as pessoas quando assediada.

Uma conhecida da minha esposa trabalha para um jogador do Grêmio numa fazenda na zona rural em São Jerônimo e contou que ela e o Roger estiveram por lá num dia desses. Revelou que a moça é muito simples e educada, tratando todo mundo com bastante simpatia.

Issso fez eu lembrar do Gaúcho da Fronteira. Um artista famoso e de renome aqui no Rio Grande. Um dia ele esteve em Charqueadas, no meu trabalho, num evento, pra cantar de graça, devido a um contato de amizade com uma conhecida do diretor.

Tinha uma placa na portaria: "Entrada de veículos só pra funcionários. Colabore.". Eu estava com a incumbência de esperá-lo. Ele prontamente estacionou o carro pelo lado de fora, mas eu fiz um sinal para que ele entrasse. Ele parou o carro na entrada e me disse:
- Boa tarde, eu sou o Gaúcho da Fronteira e vim cantar aqui e, junto comigo, está fulano, o meu gaiteiro. 

Respondi que eu sabia quem ele era e que estava esperando-o, sendo que sua entrada estava autorizada. Vejam só gente, quem não conhece o Gaúcho da Fronteira por aqui? E mesmo assim ele, que vinha cantar de graça, se apresentou a mim com muita humildade e educação. Olha, tem muito artista de baixo calibre que tem aquela cara de "sabe quem eu sou?".

Buenas, o Gaúcho entrou  lá, se apresentou e cumprimentou todos os funcionários, um por um, por sua iniciativa. Depois fez um baita show de cerca de uma hora, esbanjando aquela alegria, musicalidade e poder de comunicação que ele tem.

Na saída, se despediu de todos os funcionários, um por um, apertou a mão de todos. Fiquei absolutamente admirado da humildade, simplicidade e educação daquele grande artista, que tinha tudo para ser arrogante.
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 30/04/2008 às 17h54
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