João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Meu Diário
15/10/2008 00h18
IV Sarau Literário de Charqueadas

O Sarau Literário de Charqueadas, em sua quarta edição, trará muitas novidades, que em breve estarei deixando registradas aqui.
Ele ocorrerá novamente no Solar Shopping, de 27 a 31 de outubro.
O IV Sarau é uma promoção da Secretaria de Cultura de Charqueadas e da ASLIC - Associação de Literatura de Charqueadas, sendo um evento constante da Agenda Cultural do Município, conforme lei municipal aprovada na Câmara de Vereadores de Charqueadas.

 

Patronesse: Rosilane Rocha

PROGRAMAÇÃO:

27 out

20h - Abertura, show André Miller e Grupo de Dança do Ventre da SMC

28 out

Bate papo escritor

09:30 - Dainor Lindner

10:30 - Miria Pereira

14 - Maurício Figueiró

15 - Saldino Pires

Lançamento livros 20h

Cláudia Gelb e Valda Tissot

29 out

Bate papo escritor

08:30 - Patrícia Ferreira

10:30 - Soni Araújo

Lançamento de livro

09:30 - Benedito Veit

Sarauzinho - 14h

Palestra 20h - David Coimbra

30 out

Bate papo escritor

09:30 - Paula Rosa

10:30 - Rejane Barczak

13:30 - alunos autores da escola Thietro Pires

15h - Sérgio Oscar

Sarau Literário - 20h

31 out

Bate papo escritor

08:30 - Rosilane Rocha

09:30 - João Guerreiro

10:30 - Joana Guerreiro

Peça Teatral 15h

Grupo Teatral Unilassale Canoas

Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 15/10/2008 às 00h18
 
14/09/2008 23h29
GRÊMIO: 105 anos!!!
Hoje, 15 de setembro, o Tricolosso Imortal da Azenha completa 105 anos de alegria pra ala azul do Rio Grande.
Mais sobre esse grande time do Brasil, Campeão do Mundo, Bi da Libertadores, Bi do Brasileiro, Penta da Copa do Brasil, acesse a wikipédia:

pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%AAmio_Foot-Ball_Porto_Alegrense
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 14/09/2008 às 23h29
 
14/09/2008 18h45
Laço de fita
O Laço de Fita

Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos , formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.

Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.

E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!

Meu Deus! As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.

Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.

Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia liberte as tranças
Mas eu ... fico preso
No laço de fita.

Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova ... formosa pepita!
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.

São paulo, Julho de 1868.
Castro Alves
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 14/09/2008 às 18h45
 
10/09/2008 11h10
Olhos verdes
Olhos verdes - Gonçalves Dias

São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos por que morri;
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor,
Têm luz mais branda e mais forte,
Diz uma - vida, outra - morte;
Uma - loucura, outra - amor.
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

São verdes da cor do prado,
Exprimem qualquer paixão,
Tão facilmente se inflamam,
Tão meigamente derramam
Fogo e luz do coração
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
depois que os vi!

São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
Mas verdes da cor do prado,
Mas verdes da cor do mar.
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Como se lê num espelho,
Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
Mas ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mim,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança,
De uns olhos verdes que vi!
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Dizei vós: Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
uns olhos da cor do mar:
Eram verdes sem esp¿rança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que ai de mim!
Não pertenço mais à vida
Depois que os vi!
Publicado por João Adolfo Guerreiro
em 10/09/2008 às 11h10
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