Amanhã será o centenário de mascimento do historiador inglês Erc Hobsbawm, falecido em 2012, aos 95 anos. Nessa época eu fazia uma pós graduação no IFSul Charqueadas, nuna disciplina de história ministrada pelo professor Charles Sidarta. Ricardo Gelb era meu colega de pós, é um historiador autodidata e gostava muito da obra de Hobsbawm, conversávamos sobre ela, o que marcou para mim a data do seu falecimento.
O grande livro de Hobsbawm, muito conhecido aqui no Brasil, é Era dos Extremos, o da imagem acima. A primeira pessoa com quem conversei sobre o livro foi o Everton Souza, sempre muito ligado no que rola de bom na área das humanas. Depois usei a obra na minha graduação em Sociologia, na década de 1990, na Unisinos (excelentes tempos do DA, né Zé Roberto e Ottmar). Por isso falo do autor e do livro em termos pessoais, visto que marcaram minha formação e, através deles, recordo de muita gente boa.
Possuo dele também Era das Revoluções, Era do Capital e Era dos Impérios, que são excelentes livros de referência. O cara era bom demais.
Vale a pena a leitura de Era dos Extremois, é um texto muito bom e muito influente, de um grande historiador.
Em 9 de junho de 1977, no Rio de Janeiro, era fundada a Igreja Universal do Reino de Deus - IURD. Começou com a pregação do líder, o bispo Edir Macedo, num coreto na capital carioca, depois passando para a garagem de um fiel. No início, o missionário RR Soares, cunhado de Macedo (é casado com a irmã mais jovem do bispo), pertencia à igreja. Marcelo Crivella, prefeito do Rio, é seu sobrinho e membro dos primeiros tempos da IURD.
A trilogia acima mostra como Macedo conseguiu, em 40 anos, formar do zero a potência religiosa que hoje é a IURD, com milhares de pastores e obreiros, milhões de fiéis e com uma forte presença na mídica empresarial brasileira, através da Rede Record. Para quem tem curiosidade em ver como esse personagem influente da atualidade dá testemunho de si e de sua obra, é uma boa pedida. A IURD, mais do que um fenômeno religioso, é, também, interessante do ponto de vista sociológico, político e cultural.
Ir com minha filha almoçar na casa dos meus pais, ele com 80 e ela com 73, os dois cozinhando, é uma benção. Galinha ensopada, arroz, lentilha, brócolis. Salve, vida boa!
Texto legal no Recanto das Letras:
REFLEXÃO SOBRE A VIDA
Esse texto não é meu, mas resolvi compartilhar a reflexão, omitindo nomes por se tratar de uma manifestação de luto:
"Perdi junto com a minha religiosidade a visão demonizada sobre a morte. O universo é grandioso e eu me recuso - mesmo que na minha insignificância humana - a aceitar que a "Vida", grandiosa vida, dura pouquíssimos anos.
Somos mais do que isso, somos infinitos...
Hoje vejo a morte como um passo a mais, ouso na minha ignorância questionar a escuridão e profundidade desde fenômeno do qual não temos o menor conhecimento, mas como todos os que se dispuseram a pensar eu arrisco um palpite, de que a morte é apenas um novo começo, não aqui certamente, talvez não neste universo mas em outro, talvez essa vida, que conhecemos seja uma breve introdução da nossa bela e infinita redação, a qual é tão assustadoramente grandiosa que criamos deuses e estórias para tentarmos contê-la dentro da nossa mente.
A pior parte da morte é que mesmo acreditando que ela seja um novo começo, aqui e agora ela tem cor, cheiro e gosto de fim.
Não tenho fotos recentes com a minha avó e admito que a vi pouquíssimas vezes nos últimos anos, assim como meus tios e porque não dizer meus pais, a parte boa desta vida é que mesmo nos momentos mais difíceis ela nos ensina uma valiosa lição, e o que eu posso dizer é: Família foi e é, o mais importante conceito que a raça humana desenvolveu, junto com a amizade.
Às vezes é preciso parar a correria da nossa mente para acompanharmos aqueles que estão próximos porém devagar, quase parando...
Não vou dizer adeus pra ela, Dna XX, minha avó a qual tenho uma irmã com o mesmo nome, mas um até logo e que tenha paz neste novo ambiente, nos veremos, acredito veementemente nisto".
J Kappel
#Família
#Paz
Não havia o que justificasse a convocação das Forças Armadas no dia 24 de maio, durante o ato contra as reformas liberais nas áreas trabalhista e previdenciária. A PM de Brasília e a Força Nacional eram e foram suficientes para o que quer que estivesse acontecendo, como os fatos comprovaram.
Temer apequenou-se mais ainda no cargo, tanto que passa a rastejar de impopularidade no mesmo, e maculou a biografia de PMDB e PSDB, partidos oriundos do MDB dos tempos da Ditadura Militar, e o PPS, oriundo do PCB.
A luta contra as reformas, agora, torna-se uma simbólica luta pela democracia, pelo direito das pessoas protestarem. E o recado, do que o que Temer representa (os grandes empresários), parece ser: usaremos a força para aprovar as reformas liberais, mesmo que a maior parte da população seja contra, conforme as pesquisas de opinião atestam. É uma conclusão possível.
MEU REPÚDIO, como cidadão eleitor, contribuinte e democrata convicto.