O consulado gremista de Charqueadas
Em setembro de 2014 completou 15 anos o Espaço Tricolor José Luiz Cunha Costa (Passo Fundo), onde está localizado o Consulado do Grêmio de Charqueadas.
O Consulado existe há bem mais tempo, pelo menos desde a década de 1970. Passo Fundo, que nomeia o Espaço, foi cônsul adjunto nos anos 1980 e 90. Faleceu em 2006, ano em que, num jantar em 2 de agosto, tomou posse como cônsul o saudoso Roberto Peres Ferreira (Guarda). No período anterior ao consulado de Guarda, foram cônsules: Homero Carvalho do Rio (jan 1974 - dez 1975), Naelto José Tassinari (jan 1977 - dez 1983), Cérgio Luiz Mendes de Carvalho (jan 1984 - dez 1998) e Marco Antônio Gonzales de Souza (Maguila, jan 1999 - dez 2005).
Em 4 de setembro de 2009, liderava os tricolores charqueadenses a consulesa Isabel Cristina Rodrigues Arruda, que ocupava desde 2007 a função. Em outubro de 2011, José Luis Pedreira da Cunha assumiu, permanecendo até 2018, quando foi substituído por Clairton Valentim Mânica. José Luis reassumiu em abril de 2020, permanecendo até hoje. Nesses 15 anos, o Grêmio construiu a Arena e comemorou títulos como Libertadores e Copa do Brasil. José Luis me disse que o ponto máximo vivido no Espaço Tricolor foi a conquista do tri campeonato da Libertadores em novembro de 2017, quando colocaram um telão e o pátio da sede ficou lotado.
Inúmeras atividades esportivas e beneficentes já foram organizadas pelo consulado, que a cada final de ano realiza festa de confraternização para os torcedores gremistas locais. Impossível esquecer e deixar de mencionar uma figura ímpar e atuante durante todo esse tempo, Adão Alveri Teixeira (Goiaba), falecido em maio de 2021, reconhecido como a cara do Grêmio em Charqueadas, mesmo nunca tendo sido cônsul, mas sempre presente na sede, abrindo-a em dias de jogos e sendo responsável pelo bar e as locações para sócios. Outros igualmente deixaram saudade, como o primeiro sócio do Consulado, Marcelo Straccione Quintana (Bart), e André Pires Kern.
Guardo gratas e queridas recordações de momentos vividos no Espaço Tricolor, onde, eu e meu falecido pai, fomos sócios de primeira hora. Excursões em dias de jogos, muita cerveja tomada naquele espaço torcendo em partidas em que o Grêmio viajava, assistindo-as no telão, além de momentos pessoais, pois comemorei meus 50 anos no local. Espero, sinceramente, ainda frequentá-lo por muitos anos. Ao menos, pelos próximos 15. "Emboras lá pra vê", como dizia um amigo gremista chamado Bira.