João Adolfo Guerreiro
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Vou pra capital gastar o meu dinheiro de rapaz trabalhador

 

Como o João de Santo Cristo da canção da Legião, esse João que vos escreve "na sexta-feira vai pra zona da cidade gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador" aposentado. Tá, hoje é quinta, não sexta, e a zona que irei é a literária, inclusive levarei a esposa junto. Ver livros, livrarias, bibliotecas, sebos, bancas de revistas, em suma, ir à Capital tomar um banho de literatura, ver coisas novas e velhas, ver de tudo. Só entende quem lê.

 

Tem muita coisa pra se ver em Porto Alegre nas ruas e nos shoppings, é uma cidade de milhões de habitantes, existem muitas opções quando o assunto são livros em particular e impressos em geral. Por exemplo, na banca de revistas próxima ao Mercado Público ainda vendem jornais do centro do país, tipo Folha de São Paulo, sabiam? Ainda acho um charme comprar uma Folha pra ler sentado em minha biblioteca, em Charqueadas, tomando café passado no saco. Coisa de veterano, sei. A D O R O ser veterano, foi boa a vida que me trouxe até aqui, não queria trocar de posição com a gurizada de hoje, até porque há uma IA no caminho do futuro laboral e previdenciário delas...

 

Adoro a paz de Santo Amaro e o turbilhão portoalegrense, sou de extremos, Charqueadas é o meu meio-termo. E mesmo nela há diferença: na Cohab e na Colônia, por exemplo, tu não escuta um barulho por horas; aqui no Centro, é carro e caminhão direto. Não me incomoda, mas confesso que estar na Cohab, de bobs, é mui diferente. A gente até estranha: cadê o barulho dos motores? Cambiei de continente ou de planeta? Entretanto, Charqueadas é o meio-termo entre PoA e Santo Amaro.

 

Se fosse um cara de bastante grana, teria uma casa em Santo Amaro, uma em Porto Alegre e outra em Torres (foto acima). Seria o mundo perfeito. Sem essa de Santa Catarina, não, o meu negócio é Rio Grande do Sul mesmo, cada um na sua e eu no Sul. Passaria o verão em Torres, a primavera em Santo Amaro, o outono em Porto Alegre e o inverno em Charqueadas, onde nasci num inverno pretérito. Nesses lugares, nunca estaria muito distante dos outros, se desse vontade de ir. A gente é do mundo, mas vive num espaço bem menor. Dá pra viver e morrer dentro de uma cidade ou mesmo aldeia, sempre deu, desde tempos idos. Os fenícios, vikings e portugueses navegaram porque quiseram se aventurar.

 

Bom, então era isso. Vou ao meu passeio literário pela capital. Amanhã conto aqui como foi. Abração.

 

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 03/04/2025
Alterado em 03/04/2025
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