árvore rubra
na véspera do Natal:
Jesus renasce!
Como os belos flamboyants floriram e exuberam, neste dezembro de Natal - magnífico espetáculo sazonal da natureza -, publico aqui desde o dia 2 uma nova série de haikais em homenagem às "acácias-rubras" que mais me encantam em Charqueadas, adaptando o haikai à minha intenção literária.
Convido-os a desfrutarem comigo, descobrindo as "árvores-flamejantes" ao flanarem pelas ruas da cidade com olhos, corações, mentes e espíritos abertos ao belo e à natureza.
O haikai, forma poética japonesa concisa e simples, é específica para temas da natureza, como as estações do ano. Sempre no tempo presente (expressa o momento), o haikai é descritivo, sem título, letras maiúsculas, metáforas e participação ativa do autor no texto, ou seja, são poeminhas bem despojados, embora, na sua forma mais elevada (*), rico em significado. Simples, mas não simplório, enganando os desavisados que, numa primeira lida, ignorem suas complexidades e o achem fácil de escrever. Via de regra, no Brasil, apresenta a estrutura de uma estrofe com três versos, no esquema silábico de 5 no primeiro verso, 7 no segundo e 5 no terceiro. Claro, tem mais teoria sobre, como os diferentes tipos, o teikei, o corte, o kigo e, no Brasil, a maneira como é feita a contagem das sílabas poéticas, é só pesquisar a respeito pra se aprofundar.
(*)- Em sua forma mais elevada aqui no Brasil, cito os saudosos Millôr Fernandes e o poeta curitibano Paulo Leminski.