O lançamento do livro infantil do Maciel & Família
Ontem, no início da noite, fui à cervejaria Malte Puro, em Charqueadas, para o lançamento e sessão de autógrafos do livro infantil O Abacaxi Voador, de Vera e Raquel Silva da Silva (na foto abaixo, autografando para o poeta Mendes) a partir de uma história de Luis Maciel da Silva (in memoriam), com ilustrações de João Henrique de Souza, pela Editora Casa / Casa Kids, de Curitiba. Mas bah, foi muito legal mesmo comparecer.
Em primeiro lugar, um pessoal muito tri apareceu enquanto estive por lá. Fazia décadas que não via o meu diretor de teatro de Doce Vampiro (sim, já cometi esse ato em tempos idos, canastrão) Paulo Romera, e pude lhe dar um abraço. Também pintaram o ator Pedro Delgado, o poeta e músico Júnior Dihl (que tocou no evento - aliás, em ótima forma poética e musical o Jorge, ainda escreverei sobre o trabalho dele e seus novos projetos), os professores do IFSul Charqueadas Charles Sidarta e Luis Roberto, o artista plástico Manoel Henrique Paulo (tem projeto novo pintando, gente), o ex-vereador Clairton Mânica, a vereadora Paula Vieira, o vereador eleito Patrick Vieira, a "rainha" da Feira do Livro professora Maria Inês Borne (essa não poderia faltar, livro infantil é a praia do verão literário dela), o poeta e cronista José Mendes e o Jacques do TNC.
Conheci o Macól (apelido do Maciel, só um tempo depois fui saber seu nome) nos tempos da equipe de gincana Expressarte, oriunda do referencial movimento cultural homônimo, que marcou época em Charqueadas. Que cara mais legal, gente boa, agradável, gentil e educado, sempre nutri muito carinho e estima por ele e guardo todas as boas recordações possíveis de sua pessoa, que sempre me tratou muito bem. Era amigo do saudoso Antônio "Tunico" Nunes, meu primo. O Maciel foi uma dessas pessoas que perdemos para o auge da pandemia no período pré-vacina e que fazem falta. Acompanhei de meu isolamento social seu caso, torcemos e rezamos por sua recuperação aqui em casa, assim como o fizemos para muita gente boa e saudosa, como o ex-vereador Itagoré Poglia, o comerciário Reges "Lee" Seifert, a enfermeira Élida Canto, o agente penitenciário Vítor Campão e o sindicalista mineiro Oniro Camilo, para citar alguns. Perdemos com uns, mas ganhamos com outros, que sobreviveram à covid, como o padre Miguel Faleiro. Foi-me impossível deixar de pensar nisso na ocasião.
Só ontem, lendo a página final de O Abacaxi Voador, soube que o Maciel trabalhara em livrarias quando jovem, sabia apenas que fora metalúrgico. Formou-se em História pela Ulbra e fez a especialização em Educação e Contemporaneidade no IFSul e, ao lermos o seu livro infantil, fica claro que tal história só poderia mesmo ter sido concebida por uma pessoa com sua formação e biografia. Solidariedade, consciência social, democracia e paz num texto que surgiu da ideia de produzir ele mesmo uma contação para sua filha. Emocionante ver sua esposa Vera e sua filha Raquel viabilizarem essa publicação.
O Abacaxi Voador é uma história criativa e original, belamente ilustrada, que narra a tentativa do personagem principal em proteger sua comunidade da ganância humana sem, para isso, recorrer à violência. Ou, como está na contracapa, "afasta um pouco a realidade, mas mostra que a capacidade de um coração humilde e, ao mesmo tempo, rico, pode acabar com uma guerra, sem sangue e sem violência. Se podemos adaptar nossos sonhos para conseguir vivê-los, nada melhor do que abastecer a vontade de realizá-los".
A vida se renova e o legado fica, sendo passado adiante. É o caso do livro do Maciel, que pode ser adquirido no site da editora (www.editorailcasa.com.br), clicando no selo Casa Kids, onde se encontra por ordem alfabética, na página 19. Hipermegasuperhiper recomendo, claro.
