Tem os que não abrem o voto, daí é impossível, mas mesmo aqueles que tornam público o voto ou até façam campanha, podem enganar. Já vi de tudo nessa vida. As pessoas tem N motivos para dizerem que votarão em X e votarem em Y.
Certa vez um candidato e vereador reclamou comigo que soube, depois da eleição, que um de seus apoiadores ajudou muito na sua campanha, mas votou em outro. E olha que o apoiador não era cabo eleitoral remunerado, mas sim militante. Na verdade, não quis revelar antes para não desestimular o candidato. Dói, machuca, mas acontece.
Há os que colocam placa na frente de casa de uns e votam em outros. Cedem espaço na residência por gratidão ou compromisso, mas na hora da urna, o dedo vai, até, pasmem, em sentido bem contrário no teclado. Então é muito bom não contar com o fruto que ainda está no pé, sendo mister a candidatos e candidatas terem muita humildade, respeito e simpatia, pois, de insofismável, temos apenas de que o voto é secreto. Descobri isso, acreditem, muito pequeno, ainda quando estudava no Ramiro Barcellos, lá na Colônia, na 4ª série.
Pois a diretora e as professoras inventaram um grêmio estudantil e uma eleição para o mesmo. Eram duas chapas, uma era a nossa. Nem sei que cargo ocupava, mas recordo vivamente que uma pessoa, X, colega de turma, também compunha a chapa. Ganhamos. Daí X revelou que ficara com pena da outra chapa, viu que perderiam feio (o que realmente aconteceu) e que votou nela por dois motivos: 1 - o alegado; 2 - e que achou feio votar em si. O pequeno Joãozinho ficou estarrecido, mas novo aprendeu uma lição que jamais esqueceu sobre a vida com ela é.
Fica a dica. Não é sempre que acontece, mas muito "tá eleito" já terminou como "ferramenta".
Uma boa semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, ajudem os atingidos pela enchente, façam campanha, votem, vivam e fiquem com Deus.