João Adolfo Guerreiro
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Pra não dizer que não falei de Paris 2024

 

Não sou mais um apreciador das Olimpíadas há um bom tempo. Olho alguma coisa lá que outra. Estritamente esportes onde o país vai bem e medalha e no handebol.

 

As brasileiras deram azar e pegaram a Noruega nas quartas e acabaram de levar um baile de 32 x15. A Noruega é um Time dos Sonhos, tipo os EUA no basquete. Aliás, o masculino de basquete do Brasil pegou justamente eles e levou outro baile, no mesmo horário em que as gurias do handebol. Gosto também de basquete, mas o handebol, que joguei (muito mal) quando estudei em Porto Alegre na juventude, é o meu segundo esporte. Voleibol, automobilismo, nada disso me emociona. Futebol e handebol.

 

Ah, futebol! Estava, como todo mundo devia estar, creio, assistindo Brasil 4x2 Espanha. Poderia ter sido 8x2! As gurias do futebol já tinham despachado a França e agora a Espanha, dois baita times. Disputará o ouro com os EUA, outra seleção superior. Se levarem a medalha, será um feito verdadeiramente histórico, tanto pelo ineditismo quanto pela magnitude das adversárias superadas. Vou torcer pelas gurias e por essa goleira do Grêmio, que está indo muito bem e fazendo a diferença para a seleção.

 

As Olimpíadas reiniciaram, após hiato de mais de 1500 anos, em Atenas, em 1896, por iniciativa de um francês. Tá, isso todo mundo já sabe. E também que Paris sediou a de 1904 e, agora, essa, 120 anos depois. Nosso mundo é muito recente, nossos esportes, fora o atletismo, são todos muito recentes, tem a idade dos chamados Jogos Olímpicos Modernos. Na Grécia antiga, ela parava as guerras; no nosso tempo, ou as guerras param os jogos ou os países em guerra (alguns deles) são excluídos, como a Rússia, agora. Os jogos fazem (sempre fizeram) parte dos interesses que permeiam a geopolítica mundial.

 

E, pra não dizer que não falei de Paris 2024, encerro essa crônica com uma imagem "antiga" do símbolo maior da cidade, a também "novinha" Torre Eiffel, tri moderna, pois foi construída em 1889, sendo que Paris existe desde o século III. Nosso tempo é muito recente, pouco mais que centenário. Se fôssemos longevos como as tartarugas, perceberíamos isso melhor.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 06/08/2024
Alterado em 06/08/2024
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