João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos

Bandolins pela madrugada

 

As quatro cordas duplas de metal soavam pela madrugada fria como fossem um par nesse choro triste, enquanto a bailarina da canção do Oswaldo Montenegro dançava, teimava e enfrentava o mundo se rodopiando ao som dos bandolins. Bandolins solados pelo inacreditável e incrível Hamilton de Holanda, um quase semideus das dez cordas em par com as sete do pinho do indescritível Yamandu Costa.

 

Sol, ré, lá e mi chorando como chora uma criança que entra na roda como fosse um lar onde Jacob rodopia o som dos bandolins. Dilermando? Canhoto? Garoto? Qual acompanhará o mestre como fosse um par que, nesse choro triste, se desenvolvesse ao som dos bandolins?

 

O corpo da bailarina o choro triste iluminava, a noite caminhava assim e, como um par, o vento e a madrugada iluminavam as cordas do meu bandolim. Ou seria o de Luperce Miranda? Ou o de Noel Rosa?

 

A bailarina chorando só na madrugada, se julgando amada ao som dos bandolins... De Armandinho? Danilo Brito?

 

O batuta Pixinguinha passa, dá um olhar carinhoso e sax tudo.

 

Um bom final de semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, ajudem os atingidos pela enchente, vivam e fiquem com Deus.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 12/07/2024
Alterado em 12/07/2024
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