João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
Capa Meu Diário Textos Áudios Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos

Chuva

Fosse outro período, essa chuva que cai traria alegria. Hoje, traz preocupação. O taxista, antenado no que rola nas rádios AM, disse que em Porto Alegre a água voltou a subir. Por aqui, a prefeitura de Triunfo voltou a medir o nível do Jacuí às 18 horas, que desceu 70 centímetros e está em 4,36 metros. Choveu forte o dia inteiro.

 

Nessa apreensão em tempo de enchente, a quinta-feira passa. Anoiteceu e ainda chove. Café preto e pão francês com margarina. Pelo menos a situação do pessoal lá de Guaíba City melhorou, vejo pelo Face da voluntária Rafaela Marek. Valeu a dedicação e a grita, Rafaela. Os de 24 de junho são os melhores é tu está no top top. Por outro lado, li no Portal que o pessoal do Passo da Cruz, Raguze, Otília, Limeira, São Miguel e Manoel João estão reivindicando maior atenção do poder público com essa nova chuva. Com razão, estão escaldados.

 

Com o que o taxista me disse sobre a capital, lembrei que ontem um amigo, dono de cafeteria, disse-me que foi a Porto Alegre comprar o que precisava, sendo que tudo ok no trajeto de ida. Na volta, ao chegar no túnel, uma tranqueira: havia um protesto na Castelo Branco dos moradores do Humaitá. Disse que deu retorno e veio por outro caminho, o que resultou que saiu às dez da manhã e só voltou às 17 horas pra Charqueadas. Lembrei disso porque, se a água voltou a subir, justamente esse povo é que vai se danar de novo.

 

Vi no grupo do Consulado no WhatsApp que os donos do Bar Nação Gremista, onde os tricolores charqueadenses se reúnem para esperar o busão após o término dos jogos na Arena, estão pedindo ajuda, pois ali a água tomou todo o estabelecimento e chegou no segundo piso, onde eles moram. Fato, se alagou a Arena, que fica no ponto mais alto do Humaitá, o bar, ali perto mas numa descida, foi presa fácil para as águas. E por conseguinte deve ter arrasado o bairro inteiro, uma zona muito pobre para a qual o estádio gremista trouxe certo alento econômico. Chegou a hora do Grêmio e seus torcedores trabalharem por esse pessoal, quando o Guaíba baixar.

 

Por fim, depois da chuva virá o frio por aí, dizem os meteorologistas. Antes ele que a chuva. Então já sabem: doar roupa de inverno em condições de uso. As pessoas atingidas precisarão, muito.

 

 

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 23/05/2024
Alterado em 23/05/2024
Comentários