João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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De Charqueadas para o mundo!

 

De Charqueadas para o mundo! Sem ser calcada em fatos incontestáveis, soa meio pretenciosa ou, até, um pouco megalomaníaca esta frase exclamativa, não é mesmo? Poderia ser, mas não é o caso. Explico a exclamação.

 

Um livro é uma janela aberta para o mundo, ainda mais na era da hiperconexão! E, não se enganem, a arte literária tem muito de pretensão e megalomania, pois a Literatura tudo pode e na Literatura tudo se pode: imaginação ilimitada. Então, nesse sentido, é, sim, de Charqueadas para o mundo! É exatamente o caso das moças e do rapaz transbordantes de alegria na foto acima, escritoras e escritor que, residentes em Charqueadas, lançaram livros infantis recentemente, na quarta-feira debatidos na reunião especial pelo primeiro ano do Clube do Livro de Charqueadas, na Biblioteca Vera Gauss, localizada no mesmo Parcão onde a contagiante imagem foi registrada, logo após o encerramento da noite.

 

No caso dos livros de Yannikson e Tábatha, A Terra das Coroas e A Luz do Saber, é muito claro isso, pois eles citaram explicitamente que tem um pedaço de Charqueadas em seus escritos. No primeiro, um pouco da Rua da Paineira, na Colônia da infância do autor, nos anos 2000; no segundo, a casa de dois andares, abandonada e supostamente assombrada, que havia em frente à escola Pio XII. Só que essas referências não são explícitas, mas sim implícitas. O que não importa muito, obviamente, pois o que eles disseram, está dito. E isso gera resultados concretos em muita gente...

 

Eu, por exemplo, nunca mais lerei A Terra das Coroas da mesma forma, tendo conhecimento de que existe um pouco da minha querida Rua da Paineira diluída no DNA daquelas palavras, ainda mais sabendo que o autor residiu perto de onde morei. Lá, fui criança e virei gente nos anos 1970. Descobri o mundo e o mundo me descobriu na Rua da Paineira, pois a Colônia era o meu mundo, o meu continente, o meu pais, a minha cidade. Quem estudou no Pio XII e recorda da tal casa mencionada por Tábatha, com certeza lançará um olhar diferente para as páginas lilases de a Luz do Saber...

 

E pensar que Deixa Florescer nasceu de um tapa dado numa abelha que pousou na perna da autora, assustando-a! "Porque está chorando, mãe?" "Matei a abelha!" Assim, Luana e seu filho Jones (então com 12 anos) resolveram fazer um livro juntos, escrito por ela e por ele ilustrado. Mas bah, deu muito certo isso, um livro infantil (bem) desenhado por uma criança! A morte do insetinho não foi em vão, como Abelhuda e Abelhudxs podem testemunhar, citando Lavoisier: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

 

Na imagem, florescendo luz sobre a terra: Luana Diello é aquela em cima da árvore, sapatos nas mãos; Tábatha Belzareno é a que está pendurada, devorando o livro; e Yannikson Mattos é o barbudo que, parece, jogará o livro sobre ti. Todos sorrindo, felizes, loucos de felicidade. "Dizem que sou louco Por pensar assim Se eu sou muito louco Por eu ser feliz Mas louco é quem me diz E não é feliz Eu sou feliz" - Mutantes.

 

Também estou feliz. Muito feliz. Bastante feliz! Estou vivo e bem, presenciando isso acontecer, um baita dum privilégio!

 

Um bom final de semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, leiam, escrevam, vivam e fiquem com Deus.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 19/04/2024
Alterado em 19/04/2024
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