João Adolfo Guerreiro
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Gauchão, o mais difícil: a final

 

Definido ontem o confronto decisivo do Campeonato Gaúcho 2024: Grêmio e Juventude farão a final. Na semifinal entre Capital X Serra, Dupla GreNal x Dupla CaJu, um de cada lado passou à finalíssima, ficando Inter e Caxias de fora. É como eu escrevo há anos: o Gauchão é o campeonato mais difícil do mundo. Vejamos...

 

O Inter, por exemplo, campeão da América e do mundo, já vai para a terceira temporada seguida sem disputar a final do Certame Raiz dos Pampas, sendo que, nas últimas sete edições, só disputou o título em três oportunidades (2017, 2019 e 2021), sem vencer. Novo Hamburgo - rebaixado esse ano - foi campeão em 2017 e o Grêmio se sagrou hexa desde então. Brasil de Pelotas (2018), Caxias (2020 e 2023) e Ypiranga de Erechim (2022) igualmente foram vices no período.

 

Por seu lado, o Juventude (campeão da Copa do Brasil de 1999 e da série B do Brasileirão em 1994), que subiu para a série A do Brasileirão de 2024, foi campeão gaúcho em 1998 e, de lá pra cá, em 26 edições, já chegou a quatro vice-campeonatos (2001, 2007, 2008 e 2016). Nesse mesmo período, tivemos apenas nove grenais decidindo o Gauchão. Além do Juventude e do Novo Hamburgo, o Caxias (2000) também foi campeão, enquanto, pelo interior, junto com o Juventude, 15 de Novembro (2002, 2003 e 2005), Caxias (2012, 2020 e 2023), Canoas (2004), Lajeadense (2013), Brasil de Pelotas (2018) e Ypiranga de Erechim (2022) conquistaram a segunda colocação.

 

Pela dupla GreNal, os "grandes" clubes da capital, desde 1998, temos o seguinte cartel: Inter 12 vezes campeão e 6 vices; Grêmio, respectivamente, 11 e 5. Em 2 oportunidades (2007 e 2018), o Inter não chegou à semifinal, enquanto o Grêmio, da mesma forma, em 4 (1998, 2002, 2003 e 2008 ). Mas bah, tchê, o Gauchão é uma parada dura! Quer moleza? Vá disputar a Copa do Brasil e a Sul Americana.

 

Quais os prognósticos para a final?

Sem favorito, claro, pois é Gauchão, não série D do Brasileiro.

 

Nas semifinais, deu a lógica: no confronto entre um time da série A (Grêmio) e de outro da C (Caxias), duas vitórias do Tricolor (1x2 e 3x2); no que envolveu duas equipes da A (Inter e Juventude), dois empates (0x0 e 1x1), sendo que o Alviverde da Serra levou a melhor nas penalidades (5x6) contra o Colorado de Porto Alegre, na segunda-feira. O que isso nos indica? Usando da mesma lógica, num enfrentamento entre dois times da série A, que Grêmio e Juventude tem plenas e reais condições de vencer, tudo está em aberto. Se o Juventude passou pelo Inter, pode passar pelo Grêmio; se o Grêmio passou pela Caxias, pode passar pelo Juventude.

 

Dar favoritismo ao Grêmio, por ser um clube grande da capital, é equivocado. Além do que fez contra o Inter, o Juventude enfrentou o Tricolor na fase classificatória na Arena, perdeu de 1x0, mas, no segundo tempo, amassou o Imortal em seu campo e merecia ter empatado. O Alviverde chegou a liderar o certame nas três primeiras rodadas, caiu um pouco de produção, entretanto ganhou fora de casa nas quartas-de-final do Guarany de Bagé - a única equipe que venceu o Inter na primeira fase -, por 0x4.

 

Assim, teremos, numa disputa em duas partidas pela taça mais difícil de ganhar no mundo do futebol, Grêmio x Juventude. O primeiro, buscando o segundo heptacampeonato da sua história, após 55 anos; o segundo, levar pela segunda vez o Gauchão.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 27/03/2024
Alterado em 27/03/2024
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