No sábado à noite, o professor, palestrante, consultor e escritor charqueadense José Fernando Mendes lançará o livro Coisas de Mendes: textos para reflexão, em evento literário no Clube Tiradentes (ver detalhes em imagem abaixo). Um confesso apaixonado por livros e leituras de todo o tipo, escreve desde os 10 anos (está com 65) e diz sobre este momento: "Publicar meu livro não é um sonho, é um propósito".
Mendes já escreveu para os jornais Delta do Jacuí e Destaque de Esteio, além de participar com sucesso de concursos literários de âmbito nacional ao longo dos anos. Membro ativo do Clube do Livro de Charqueadas, atualmente publica em sites locais, no jornal Diário Gaúcho e, desde fevereiro de 2023, em seu blog, Coisas de Mendes, onde os leitores podem ter uma prévia dos textos do autor. A propóstito, reproduzirei texto do blog - abaixo, de forma editada - onde Mendes escreve (e reflete) justamente sobre o lançamento do seu livro, que tem por patrocinadores Homeserv, Sicredi, Clube Tiradentes, M3 Uniformes, Elétrica Delfim, Agropecuária Jacuí, Ferragem Brandes, Morgana Mendes Arquitetura, Flor de Lótus e Planos de Saúde Online.
Marquem esse evento em suas agendas! Após ler o meu exemplar, escreverei sobre, aqui.
Ontem [NR: 23 de janeiro de 2024], através de uma enquete com amigos do Whattsapp, consegui determinar qual a data para o LANÇAMENTO do meu livro, o primeiro livro. (...) Por 43 votos contra 7, venceu o dia 09/03/24.
(...) LANÇAMENTO, por vários momentos fiquei pensando nessa palavra, qual o significado dela, e sob meu entendimento, digo que lançamento é o ato de lançar, atirar, jogar, arremessar e outras palavras mais, algo a algum lugar. E fiquei pensando em todas as possibilidades de quem e o que seriam esses ALGO e quais seriam esses ALGUM LUGAR. Vieram-me diversas ideias de algo, bem como de algum lugar.
Primeiro pensei no lançamento do livro: o algo é o livro, um objeto que estou, atirando? Não gostei da colocação dessa palavra, pois denota descaso, desleixo e não é isso que está acontecendo, muito pelo contrário, estou com extremo cuidado para que este livro seja bem acolhido pelas pessoas que irão adquiri-lo para me prestigiar e irão lê-lo com certeza (...). Então pensei em jogar o livro e também não gostei do sentido que a palavra jogar soou no meu cognitivo, dizendo-me que o livro seria apenas um jogo onde um ganha e o outro perde, e nada mais do que isso, e também não é o que quero, pois minha intenção que as pessoas ao ler os textos sintam, percebam o que eu senti, coloquem-se no meu lugar e entendam cada palavra que usei para falar, escrever sobre cada assunto, onde todos saiam vencedores - descartei jogar.
Não pensei em mais palavras e decidi pensar sobre o lançar no sentido de arremesso, pois sempre que se arremessa algo, é para atingir um determinado alvo, e me veio à mente uma parte de uma poesia de Khalil Gibran que diz, com as minhas palavras, claro, "FILHOS SÃO COMO FLECHAS QUE SÃO LANÇADAS...". É um belo texto, muito significativo e a palavra lançadas usada para falar dos filhos, que são as coisas mais preciosas que temos nas nossas vidas, comparando-os a flechas que são arremessadas para a vida, cada uma com sua função, seu objetivo, então me apropriei dessa palavra e a adotei como sendo a mais correta e adequada para o lançamento de um livro.
Estou lançando meu livro como flechas que deverão atingir o coração de muitas pessoas (esse é o meu propósito), que ao ler sejam tomadas pelo poder das palavras e sirva como instrumento para liberar algo dentro delas e assim terem suas vidas transformadas. Não estou sendo pretensioso, nem arrogante, nem me achando o Todo Poderoso, não, longe disso, apenas sei, porque acontece comigo, de ao ler livros minha vida se transformou, porque ao ler eu vivo aquilo que estou lendo eu entro para o livro - mesmo que meu livro sejam textos e não uma história ou estória, mas cada texto deve ser impregnado nos corações e nas mentes das pessoas -, eu vivo cada palavra como se estivesse na pele do próprio autor, me aposso do que estou lendo e imagino o que posso aplicar na minha vida, no meu dia-a-dia. Todo livro, toda e qualquer leitura deve ser lida desta forma. Não apenas passando os olhos, mas fazendo-a penetrar no pensamento e na vida. Caso não seja interessante, então descarta. (...)
Na Índia tem um ditado que diz mais ou menos assim NÃO SE PODE LANÇAR PALAVRAS AO VENTO, ou algo parecido, mas fico imaginando as palavras sendo arremessadas como flechas, em direção às pessoas e conforme o que se diz podem machucar, podem causar muito dano, podem atrapalhar e até mesmo conduzi-las, conforme a maneira como foram lançadas, à morte. As palavras tem poder, e por isso, devem ser pensadas antes de serem lançadas, porque depois do mal feito, chorar não é proveito. (...)
Toda obra de arte é uma flecha que tem um alvo determinado a ser atingido e exercer a sua função. Todo artista, seja de qual área, ao conceber sua obra, tem seu propósito, que será cumprido ao lançar para o seu público que irá absorver e dar sequência ao processo de significância. Podemos lançar tudo o que quisermos, desde que sejam coisas boas. Tudo o que lançarmos de bom recebemos de volta. Que tal lançarmos o bem? E que esse arremesso seja dócil, tranquilo e que só atinja o alvo para pessoas que vão receber o melhor que podemos dar e está dentro de nós.