O 8 de janeiro de 2023 é uma data para ser esquecida, assim como o 31 de março de 1964, há quase 60 anos. Não sou de escrever aqui sobre temas nacionais, priorizo os locais e regionais, mas esse é assunto que exige posição pública de todos os cidadãos brasileiros contribuintes e eleitores e, como ocupante de um espaço literário voltado ao grande publico num meio de comunicação regional, não poderia me abster.
Hoje, após um ano dos lamentáveis acontecimentos em Brasília, depois de tudo que veio à tona através da Justiça e da Policia Federal, podemos dizer que os manifestantes eram golpistas financiados por pessoas interessadas em dar um golpe de estado no Brasil, o que só não ocorreu porque as Forças Armadas não o apoiaram. Por outro lado, a ação do Supremo Tribunal Federal foi decisiva para que tal intento de subversão do Estado Democrático de Direito e da Constituição Federal não passasse incólume, sem a devida e necessária punição dos envolvidos. E, nesse sentido, um cidadão como o ministro Alexandre de Moraes demonstrou a determinação e a coragem necessária a todo homem público em momentos cruciais da história da nação. Deverá ser lembrado no futuro da mesma forma que cidadãos do porte de José Bonifácio (Independência), marechal Henrique Teixeira Lott (posse de JK), Leonel Brizola (Legalidade) e general José Machado Lopes (Legalidade).
Os golpistas desejavam retirar do poder o presidente há pouco eleito e recém empossado. Para isso, vinham há tempo questionando o resultado das urnas e difamando e tentando corromper o processo eleitoral e a Justiça Eleitoral. O ato de força golpista do dia 8 foi a última cartada, mas esta não foi suficiente para virar o jogo e evitar a derrota definitiva daqueles que, durante as eleições, usaram de todos os expedientes a fim de influenciar no resultado das urnas, inclusive utilizando de maneira militante a Polícia Rodoviária Federal. O perverso odeia a virtude, eis que o virtuoso é inimigo da perversidade.
Todavia, fracassaram, graças a Deus. O compromisso com a vida, com a democracia e com a liberdade, afirmado pelo povo brasileiro nas urnas em outubro de 2022, passou pelo teste imposto pelas forças golpistas do arbítrio e, isso sim, jamais deverá ser esquecido.
Uma boa semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, vivam e fiquem com Deus.