Os flamboyants já se tornaram rubros em Charqueadas

É dezembro, ainda é primavera, quase verão e quase Natal e, portanto, os flamboyants já se tornaram rubros em Charqueadas, assim como acontece em todo o dezembro, quando ainda é primavera, quase verão e quase Natal em minha cidade.

Ando pelas ruas e os vejo contra o céu, contrastando o azul celeste com o seu vermelho-verde natalino, no Natal quente do trópico onde o Papai Noel sua em sua pesada e inadequada veste para a estação: aqui não tem neve e nem frio que endurece, mas sim sol que racha e calor que amolece. Contudo, os flamboyants já enrubesceram em Charqueadas e meus olhos se encantam com seu espetáculo natural. Não troco um flamboyant vermelho de Charqueadas por dez Natal Luz de Gramado. Ah, não troco mesmo, embora não haja necessidade de escolher entre ambos. Mas se um anjo aparecesse agora e dissesse "Escolhes onde ficarás, João?", vocês já sabem qual seria a minha resposta.

Há três em especial que todo o ano vou ver: aquele perto do Super Copac (imagem abaixo), o que fica ao lado do Fórum (abaixo) e o próximo do Malte Puro e da Igreja Protestante (acima). São tão belos e imponentes... Talvez o sentido da vida seja o que sinto quando chego logo pela manhã ou no final de tarde em frente a um desses flamboyants e os admire. Essa sensação única, paz misturada com beleza, será o sentido da vida terrena? Não sei, tudo nesse plano físico é aprendizado. Não sei, mas acho.

O fato é que é dezembro, ainda é primavera, quase verão e quase Natal e, portanto, os flamboyants já se tornaram rubros em Charqueadas, assim como acontece em todo o dezembro, quando ainda é primavera, quase verão e quase Natal em minha cidade. E eu estou vivo, feliz, o coração bate no peito e o ar entra em meus pulmões enquanto o sol brilha no céu azul recheado de nuvens brancas. O que desejar mais de um momento nessa vida?

Uma boa semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, vivam e fiquem com Deus.