João Adolfo Guerreiro
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Faltam 11 dias para o Natal

 

Percorri alguns bairros de minha cidade e verifiquei que há pouca iluminação natalina nas residências. Em algumas ruas a gente vê algumas casas ornamentadas, mas na maioria das que eu fui, nada ou quase nada. Nem no comércio, pelo Centro, percebe-se muita coisa, embora nesse caso haja maior quantidade, eis que é uma data comercial forte. Essa tem sido a situação nos últimos anos, salvo exceções, como o Recanto dos Souza, de Lígia e Jairo Souza, na Vila Piratini, que este ano repete a belíssima magia do Natal das últimas décadas.

 

Ontem escrevi sobre as diferentes culturas que tornam o Natal uma festa, para além do seu carácter religioso de marcar o nascimento de Jesus, como data convencionada, eis que inexiste referência na Bíblia. Afirmei, inclusive, que tendo-se em mente e na prática o foco religioso, pode-se optar por toda essa cultura em torno da 'festa", sem problemas. Prova disso constatei hoje, por exemplo, em duas igrejas da capital (Divino Espírito Santo e Santa Teresinha, fotos abaixo), onde símbolos que não fazem parte da liturgia católica oficial, como coroas do Advento e árvores natalinas - inclusive com bolinhas representando Papai Noel (observem atentamente a foto acima) - ornavam seus altares, junto com o presépio inspirado por São Francisco de Assis. Qual o problema disso? Nenhum, claro!

 

Todavia, como muito bem se refere Austregésilo de Atahyde em seu excelente livro Crônicas de Natal (Paulinas, 2013), a origem da data dispensa tudo isso e remete para a austeridade, conforme o relato dos evangelhos sinópticos e de João, do casal de refugiados e do nascimento na manjedoura. Sim, Deus quis que Seu Filho encarnasse nesse plano físico no meio da mais pura singeleza de recursos materiais, mesmo sendo o Rei dos Reis. Logo, eis o verdadeiro Espírito de Natal, que Athayde ressalta na crônica Natal na Baixinha: "Já assisti à Missa do Galo em catedrais vultuosas e solenes, no esplendor do culto e dos parâmetros sacerdotais. No Vaticano, em 1948, quando ali reinava o papa Pio XII. (...) Mas não foi aí que senti mais profunda e comovente a celebração do Natal, Foi na Baixinha, distrito paroquial da matriz de Cascavel, quando seminarista acolitava o vigário Padre Maximiano, de indelével recordação". Nunca esqueceu as palavras do religioso: "A vida de sacerdote, para o qual você se prepara, tem muitas compensações místicas, mas exige sacrifícios muito grandes. É um árduo caminho para se chegar ao céu".

 

Assim, seja como expressão das ruas, como festa ou celebração religiosa, o importante é que o Natal esteja presente no cotidiano das pessoas em dezembro, de uma forma ou de outra, imantando corações e mentes.

 

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 13/12/2023
Alterado em 25/12/2023
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