Lucas Belgrado no Muralha

Uma das coisas que eu gosto de fazer e sempre faço quando surge oportunidade é assistir o Luciano Souza quando ele volta à Charqueadas. Opa, Lucas Belgrado é o seu nome artístico, agora. Não importa, é o mesmo excelente músico, cantor e compositor, cada vez mais refinado pelo passar do tempo. Uns caducam, outros melhoram; uns ainda compondo, outros já decompondo - como diria Chiquinha Gonzaga.

Tocou muito por aqui, depois foi para São Paulo seguir o destino de seu grande talento. Vem rever a família, os amigos, o inverno e aproveita pra fazer uns shows para os fãs de velha data, geralmente no Muralha. Na noite de sexta-feira eu estava lá pra conferir a única apresentação desta "temporada" local 2023. Ótimo, como sempre. Começou por volta das nove e meia, perfeito, com Wicked Game, do Chris Isaac. Na tela, ao fundo, sem som, rolava uma apresentação do Emerson Nogueira, tudo a ver com o trabalho do Lucas.

Tocou composições suas (Lucas Belgrado) e rock nacional, como Astronauta de Mármore (Nenhum de Nós) e Pra Ser Sincero (Engenheiros do Hawaii). O ponto alto, na minha opinião, foi Coração Pirata, do Roupa Nova. Uau syl! Na sua tradicional linha de clássicos do pop rock internacional, os presentes puderam conferir a mesma competência vocal e instrumental de sempre em, dentre outras, Down Under (Men at Work), Suspicious Minds (Elvis), Wonderwall (Oasis), Beds Are Burning (Midnight Oil), Wish You Were Here (Pink Floyd), Stand By Me (Ben E King), Take On Me (Aha), Losing My Religion (REM) e Bad Romance (Lady Gaga). Não poderia faltar e não faltou Cose Della Vita, de Eros Ramazzotti, mas senti por não ouvir Psycho Killer, do Talking Heads.

Uma ótima noite de música e chopp. Fazer o que se gosta é viver a vida, um dia de cada vez, e eu vivi.

Uma boa semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, vivam e fiquem com Deus.