O pintor estadunidense Edward Hopper nasceu há 150 anos, em 22 de julho de 1882, no estado de New York. Filho de uma família abastada, teve boa educação formal e iniciou sua carreira como ilustrador, sendo que desde os cincos anos demonstrara talento para o desenho.
Todavia, essa profissão não o satisfazia, pois queria ser um artista e viver de seu trabalho como pintor, o que só consegiu fazer após seus 30 anos. O uso personalíssimo da luz e das cores fortes ao retratar cenas principalmente urbanas e também rurais, tinha como característica locais e personagens que refletiam a solidão contemporânea (como no quadro Solitude, acima, de 1944, ou Gas, abaixo, de 1940). Na absoluta maioria de seus 376 quadros, os retratados estavam em silêncio e não se olhavam, ou seja, não interagiam, permaneciam isolados e alheios (vide o primeiro quadro abaixo, o famoso e cultuado Nighthawks, de 1942).
Casou-se em 1924 com a também pintora Josephine Nivison, que se tornou sua empresária e modelo de suas obras. Após sua formação acadêmica, viajou pela Europa, onde, na França, teve contato com o trabalho dos impressionistas, que o influenciaram profundamente, mesmo sua pintura sendo classificada como do realismo imaginativo. Sua arte foi tanto influenciada pelo quanto influenciou o cinema, numa troca artística que rendeu diversos frutos. Muitos de seus quadros inspiraram esteticamente filmes, sendo difícil mencionar todas as referências feitas às obras de Hopper, desde o Film Noir às películas de Woody Allen, Wim Wenders, Gustav Deutsch ou Terrence Malick.
Edward Hopper faleceu em maio de 1967 aos 84 anos na cidade de New York, no mesmo estúdio em que trabalhou por cinco décadas. Sua esposa faleceu dez meses depois. "Se você pudesse dizer em palavras, não haveria razão para a pintura" - EH.
Um bom final de semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, vivam e fiquem com Deus.