Como deixar passar em brancas nuvens uma efeméride dessas? Impossível! Mesmo o lugar-comum literário utilizado acaba por ter tudo a ver, tornando-se apropriado.
Alberto Santos Dumont é mineiro nascido em 20 de julho de 1873, falecido há 90 anos, ou melhor, tendo se suicidado três dias depois de seu aniversário em 1932, no Brasil, deprimido pelas sequelas da esclerose múltipla e do uso militar do avião - o gatilho teria sido a passagem de aeronaves militares, que iam bombardear São Paulo, sobre o hotel onde se hospedara, no Guarujá. Esse foi apenas o meio e o fim da glamourosa e produtiva existência desse brasileiro cidadão do mundo que é, para nós, o Pai da Aviação. Só isso!
Em 23 de outubro de 1906, em Paris, Dumont voou 60 metros com o 14 bis - ou Oiseau de Proie (Ave de Rapina), como o chamaram os franceses -, sendo o primeiro voo de uma aeronave a decolar unicamente por seus próprios meios, mediante uma comissão julgadora. Os estadunidenses irmãos Wright reivindicaram ter realizado feito semelhante em 1903, mas sem presença de testemunhas oficiais e com o avião sendo lançado de uma catapulta. Eis a controvérsia estabelecida dobre a paternidade da aviação.
Alberto era rico de berço e morou no exterior muito tempo, tendo viajado pelo mundo e sido um homem internacionalmente famoso, admirado, respeitado e invejado. O avião foi apenas um dos seus trabalhos - o mais destacado -, eis que também trabalhou com balões e igualmente teve pioneirismo no desenvolvimento de dirigíveis. Foi O Cara, sem dúvida.
Nesse dia, nossa homenagem de agradecimento a este grande brasileiro, Alberto Santos Dumont.
Ler mais: O brasileiro voador - Portal de Notícias, 22jul2023