Hoje eu encontrei um cara tri de quem gosto muito, fazia tempos que eu não o via e foi legal vê-lo e levar um papo rápido na entrada da petshop. Ele tá veterano, mas tá bem e foi muito bom perceber isso. Entretanto, esteve numas de horror uns tempos atrás.
Estava numas de depressão regada a álcool. "Um casamento perfeito e feliz" - disse, no que concordei. Depressão é coisa séria e álcool é realmente um grande alívio imediato, quem bebe sabe. O danado alegra o vivente quando os problemas se assomam. O problema é que ele metia uma garrafa de whisky por dia, iniciando cedo da manhã, ou seja, aliviava o problema causando outro problema, que seria ainda maior no longo prazo. Viu que a felicidade era, na realidade, um tremendo tormento. Baita verdade. Felicidade, pois, etérea, efêmera e etílica. O grande jornalista do Pasquim, Tarso de Castro - o verdadeiro gaúcho de Passo Fundo -, estava nessas e morreu aos 49. Meu amigo saiu dessa. Galo.
Bom é beber socialmente, sem exageros, por esporte, só pelo prazer. Namoro sem casamento, só amizade colorida. O primeiro milagre de Jesus não foi multiplicar vinho numa festa? Pois então. Só não dá pra esquecer que álcool não é remédio. É que nem o antigo Denorex: parece, mas não é. Assim, meu camarada está separado da bebida e, agora, feliz de verdade. Marcamos de fazer um churras na sua chácara. Vou ir, claro.