Balões coloridos flutuando sob o céu azul
Desde 2018 que não ia ao Festival do Balonismo de Torres, esse ano em sua 33ª edição. É um dos maiores eventos do tipo no mundo, contando com a participação de cerca de 70 balonistas do Brasil e da América do Sul. Naquela oportunidade escrevi um texto para o Portal de Notícias (Balões no céu e rochas contra o mar).
Em 2019 não recordo o motivo de não ter ido, mas em 2020 e 2021 foi devido à pandemia e, de qualquer jeito, o evento foi cancelado mesmo. Em 2022, ressaca psicológica e emocional da pandemia. Esse ano ocorreu de 27 de abril a 1º de maio e compareci. Não cruzei com ninguém de Charqueadas por lá, mas vi, furungando nas redes sociais, que alguns conterrâneos foram, como atesta essa foto muito tri que ilustra a crônica, registrada por Leandro Amaro Ferraz.
Um evento maravilhoso. Gostar de balão é a mesma coisa que gostar de automobilismo e futebol profissional, ou seja, são coisas caras as quais só assistimos. A diferença é que tu podes brincar dirigindo seu carro ou numa pelada com os parsas, mas balão não, ou tu tens um ou necas de pitibiriba. Balão é algo caro, longe do alcance da gente, que somos a maioria das pessoas. Para voar de balão só indo no balonismo ou a Torres durante o ano, desde que não tenha fobia de altura. O balão é algo que nos remete à infância, aos balões das festas...
Para apreciar o festival, temos de ir até o parque, que é bem localizado na cidade, dá pra ir caminhando - até porque o trânsito de Torres é o pior que já vi na vida, de uma constipação inacreditável no fervo do verão ou em grandes eventos. Esse ano, até às 14 horas, a entrada era liberada, depois custava 20 reais. Aí há transtorno, pois são sempre filas gigantes para comprar o ingresso e outra, menor, para entrar, eis que uma multidão comparece ao festival diariamente. O ideal é adquirir as entradas antecipadamente, pela internet. Os shows ocorrem à noite e são muito bons, artistas da primeira linha nacional. Esse ano contrataram a cantora gospel Aline Barros (quinta-feira), a banda gaúcha Chumarruts (sexta), o pop da gaúcha Luísa Sonza (sábado), o sambista Alexandre Pires (domingo) e os sertanejos César Menotti & Fabiano (segunda). Dava pra vê-los e ouví-los perfeitamente à distância dentro do parque (uma alteração bem legal em relação aos outros anos), mas pagando ingresso vip ou camarote os acompanhamos de perto na área fechada. Só fui de vip na Aline, pois tinha curiosidade pra conhecer. Quase fui no Alexandre Pires, mas desisti no dia: era muita gente, não compensaria.
A atração principal e motivo do festival, os balões, voam todos dias, às 7 da manhã e 4 da tarde, desde que não haja vento. É um espetáculo por si, algo realmente bastante legal de se ver, como a imagem acima mostra. Eu A D O R O de verdade olhar, A M O, embora nunca tenha embarcado num. Gosto é de ver os balões coloridos flutuando sob o céu azul, fico encantado. Outros lances legais são o Night Glow e os Special Shape, sobre os quais falarei especificamente noutro texto.
O Festival do Balonismo de Torres é um baita evento e, além de tudo, ocorre na praia mais bela de nosso litoral, uma cidade que já tem muito coisa interessante e prazerosa pra se ver e para onde ir, dia e noite - aliás, deu praia esse ano, pois a temperatura estava muito boa, bem quente, e o oceano maravilhoso, mais limpo que bunda de bebê cuja fralda foi recém trocada.
Finalizando, digo que é um daqueles eventos estaduais pra todo o gaúcho ir pelo menos uma vez na vida. Compensa juntar uma grana para conferir - só marque hotel com antecedência. Mega recomendo.