João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos

Pelo fim da guerra, paz

 

Gente mata, gente morre, militares e civis. Há um ano, hoje, quando todo o mundo estará falando e escrevendo sobre a Guerra da Ucrânia. E o problema parece aumentar, passando a envolver mais países no conflito, arrastando o mundo para ele, o que indica possíveis consequências nefastas para a vida humana na Terra.

 

Exceto pedir pela paz imediata, é difícil opinar sobre a invasão russa na Ucrânia, pois aquilo é um enorme saco de gatos. Otan, Ucrânia e Rússia, ninguém ali é inocente, todos os governos tem sua parcela de culpa pelo início e pela manutenção do conflito, logo qualquer análise maniqueísta do que ocorre é viciada, tem lado, desinforma e é panfletária, e parece que os jornais e noticiários, a maioria, sofrem dessa síndrome. Já escrevi sobre isso, não redundarei meus próprios argumentos hoje.

 

Já disseram, muito bem dito, que a verdade é a primeira vítima numa guerra. Nela ninguém tem razão, mesmo que a tenha. Mesmo que tenha motivos, nenhum motivo é motivo para a guerra, eis que a guerra é a morte politicamente decidida após a morte da própria politica, pois a guerra é o ocaso da política. A luta pela paz é a luta da politica pela vida; a luta das armas é a luta pela morte. Os inocentes morrem de graça por iniciativa dos culpados que ganham.

 

Entendo as posições do governo brasileiro, do que terminou e do em exercício, como extremamente corretas. Todas. Quando se absteve, quando negou envio de munições e agora, quando votou com a ONU pela retirada das tropas russas - o único país dos BRICS com essa posição, eis que os demais foram contra ou se abstiveram. O Brasil só deve se meter nessa ronha se for para pedir e trabalhar pela paz, para contribuir com a mesma, via ONU. É uma briga dos outros, dos culpados pelos quais a guerra iniciou, dos que tem a ganhar e a perder com a mesma. Entretanto, é uma briga que nos afeta, indiretamente. Vivemos na Casa Comum, a Terra, não somos venusianos ou marcianos. Nos cabe, portanto, argumentar e obrar pela paz, embora a efetivação desta dependa dos atores nela envolvidos, que parecem embrutecidos em posições de interesses próprios, geopolíticos e econômicos, que justamente impedem a negociação política pela mesma - aliás, foi isso que desencadeou a guerra, bem sabemos.

 

Um imbróglio, um nó dificílimo de desatar e que pode acabar por asfixiar radioativamente o mundo. Não adianta chorar pelos mortos, lutemos pelos vivos, falando e escrevendo pela paz, tão somente. É o que nos cabe, neste momento e neste planeta.

 

"Quem vive pela espada, morre pela espada".

 

Um bom final de semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, vivam e fiquem com Deus.

 

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 24/02/2023
Alterado em 25/02/2023
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