João Adolfo Guerreiro
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Textos

A História e o antigo Egito

 

Minha disciplina predileta sempre foi História. Sempre. Só cursei Sociologia na universidade porque desejava entender como a sociedade funciona ou não funciona. Recordo muito bem de um livro didático parecido com esse da foto aí de cima, que a professora Maria Edi usou lá na escola Cruz de Malta, na 6ª ou7ª série, não recordo exatamente. E por que a lembrança? É que dia 4 de novembro passado fez 100 anos que foi descoberto o sarcófago do faraó Tutancâmon, no Egito.

 

A foto que ilustra a capa do livro é a da máscara mortuária do faraó (veja-a também abaixo), uma das imagens mais conhecidas do antigo Egito, depois das pirâmides e da esfinge. Sempre fui fascinado pela história do Egito, país mais antigo do que o povo de Israel que, na época, consistia de tribos que se deslocavam ao Egito em determinadas épocas do ano para usufruir das benesses do rio Nilo – existem registros, em placas de barro cozido, de guardas de fronteira egípcios sobre a passagem destes entrando no país. Foi numa dessas que ficaram por lá, aprisionados por um faraó a fim de construírem duas cidades e só depois voltariam para suas terras de origem e dominariam a região, constituindo um estado. Ou seja, antes da Bíblia ser escrita, o Egito já existia. Portanto, os egípcios são anteriores a base de nossa cultura ocidental. Fascinante, não é mesmo? Assim, na primeira metade do século XX, a descoberta da tumba de Tutancâmon é mais impressionante do que a dos manuscritos do Mar Morto, que também são incríveis e importantíssimas.

 

Para a literatura e o cinema o antigo Egito sempre rendeu muita inspiração, explorando seus mistérios, lendas e sua história, obras geralmente sobre os faraós e sobre múmias que retornam à vida. Ramsés e Cleópatra são monarcas conhecidíssimos e importantes dessa época, mas o que tornou o “faraó menino” (morreu aos 19 anos) famoso foi a descoberta de sua tumba intacta pelo arqueólogo e egiptólogo inglês Howard Carter (1874 – 1939), revelando muito da cultura do povo egípcio por meio dos 5.398 itens nela contidos. Não que seu túmulo não tenho sido alvo de ladrões, pois foi, aparentemente duas vezes, mas logo depois de sua morte, o que possibilitou seu restauro. Assim como o Cemitério Júlio Rosa, em Charqueadas, as pirâmides também eram alvo dos amigos indesejados do alheio. Acontece que nos anos seguintes a entrada do túmulo se perdeu na areia do deserto e daí temos a história conhecida que chegou até nossos dias, vindo à luz no início do século XX.

 

Ah, História, deliciosa e prazerosa História, um dos regalos da vida. Há quem prefira Matemática. Tudo ok, gosto não se discute e as duas disciplinas são muito úteis e necessárias. Sejam faraós ou expressões algébricas, “há espaço para todos, há um imenso vazio” que estimula o conhecimento humano em todas as áreas, ciências e disciplinas.

 

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 08/12/2022
Alterado em 09/12/2022
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