João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos

Um café pelos amigos

 

A D O R O café! Café preto passado. Tem um, da marca Baggio, que descobri há alguns meses através de minha filha, que comprou um para o marido dela, que é simplesmente E S P E T A C U L A R. Virei fã de dois em especial, os aromas chocolate com menta e chocolate trufado. Gente, imagino que quando os deuses do café, lá nas cafeterias celestiais, se reúnem para brindar ao café e falar sobre o mesmo, é esse que eles tomam. Sim, para esse reles mortal charqueadense nascido na Colônia, esse é o café dos deuses. M A R A V I L H O S O.

 

Pois então, A D O R O café preto passado, como ia escrevendo. Hoje fiz uma coisa que desde março de 2020 não fazia: fui na antiga lancheria da rodoviária e pedi um café preto e um pastel para dona Idelvira, sentei nas mesas da calçada da frente e mandei ver, lendo uma Zero Hora impressa. Mais tiozão impossível, não é mesmo? Eh eh eh eh. Foi muito legal. Não tinha ido antes não por receio da pandemia, mas porque os antigos camaradas da Confraria do café com jornal sem carro não se reúnem mais, esses sim, desde o início da pandemia, por motivos sanitários. Não sei se algum dia o pessoal vai voltar ao hábito de tomar café lá e conversar, cedo da amanhã, até às 08h. Tem coisas que se perdem na vida e no tempo e babaus, espero que essa não seja uma delas.

 

Ali, sentado, sozinho, olhando a fauna e a flora charqueadense desfilar pela 1º de maio, pensei nos confrades. Tomei aquele café por eles, um bom café, que a dona Idelvira faz. Gosto do café dela e do da minha sogra, são cafés saborosos. Não sei a marca que usam, deve ser Melitta tradicional, suponho, mas são passados. O segredo de um bom café, em muito, é o jeito que a pessoa faz, e elas tem o jeito. Então, sorvia o preto passado e pensava nos confrades. Uns se foram, um poucos antes da pandemia e também vitimados por ela. Mas a maioria está por casa ou por aí, graças a Deus e a vacina. Lembrei de algumas coisas e de momentos prazerosos compartilhados, das trocas de ideias sobre futebol, política e uma pá de assuntos e temas os mais variados. Como é rico pra gente a conversa com grupos de amigos, aquela troca de visões heterogêneas sobre determinado assunto, oriundas de diferentes vivências e ideologias.

 

Buenas, tomei o café pelos caras, depois levantei e fui embora, tratar das demandas do cotidiano, como marcar médico e fazer exames. Cheguei em casa, sentei sob a sombra da árvore na frente do pátio e escrevi essa crônica, acompanhado pela curiosidade xereta da gata preta. Momentos triviais da vida são como um bom café preto passado na hora e fazem a passagem por esse plano físico ser legal. Um bom café pela vida e pelos amigos, sempre.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 25/08/2022
Alterado em 25/08/2022
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