João Adolfo Guerreiro
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Paulinho Fenômeno, o escritor

 

Tivemos o Ronaldinho Fenômeno, grande craque brasileiro que fez o trio RRR - Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho - na Copa de 2002, no Japão, batendo a Alemanha na final por 2x0, em 30 de junho. E 25 dias depois, outro fenômeno, só que literário, era eleito para a cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras: Paulo Coelho, que, hoje, completa 75 anos.

 

Sim, fenômeno. Nem Jorge Amado, nem Guimarães Rosa e tampouco Machado de Assis, mas sim Paulo Coelho é o escritor brasileiro que mais vendeu livros no país e no mundo. No Brasil, não é que ele seja somente o mais vendido, é que o segundo colocado, o grande Jorge Amado, está a léguas de distância, toda uma terra do sem fim aquém das vendagens de Coelho. E olha que o baiano é o romancista brasileiro cuja obra foi mais adaptada para a TV e o cinema. Logo, Paulo Coelho é um fenômeno literário que se sustenta praticamente só com os seus livros.

 

Paulinho começou a aparecer para o grande público como letrista de ninguém menos do que Raul Seixas, um dos maiores ícones do rock e da música brasileira no século XX. Ao iniciar a escrita seus livros esotéricos, creio que ninguém imaginava, talvez nem ele, até onde isso poderia chegar: no escritor de língua portuguesa mais vendido e o segundo no planeta em 1998. Números de vendagens em todo o mundo são coisa muito complicada, pois lidam com estimativas mínimas e máximas de vendagem. De qualquer forma, os números envolvendo sua obra variam dentre 200 e 350 milhões de exemplares vendidos. Isso coloca Coelho entre os escritores top em termos de vendagem no planeta na atualidade, no mesmo clube da imbatível Joanne K Rowling, de Dan Brown, Stephen King, E L James, Danielle Steel e Nicholas Sparks. E também ao longo da história ele não faz feio, pois é citado na lista dos grandes autores e autoras da literatura mundial que mais venderam, gente como Agatha Christie (2 a 4 bilhões), Willian Shakespeare (2 a 4 bilhões), Barbara Cartland (500 milhões a 1 bilhão), Harold Robbins (750 milhões), Leon Tolstoi (413 milhões), Sidney Sheldon (370 a 600 milhões), Irving Wallace (250 milhões), J R R Tolkien (200 a 250 milhões), C S Lewis (100 a 200 milhões), Ian Fleming (100 milhões), Hermann Hesse (100 milhões) e Lewis Carroll (100 milhões), dentre outros e outras.

 

Seu livro mais bem sucedido é O Alquimista, de 1988, que igualmente figura tanto na lista dos mais vendidos na atualidade quanto na história da literatura, com estimativas que variam de 65 a 150 milhões de exemplares. O que há de mais preciso a respeito do alcance de sua obra é o Guinness Book of Records, onde O Alquimista consta como o livro mais traduzido no mundo: 69 idiomas! Coelho é lido em mais de 150 países.

 

Assim, goste você ou não da obra do aniversariante do dia, saiba que gosto não se discute (ainda mais pagando pra ler) e que o Paulinho é, indubitavelmente, um fenômeno, talvez até mais do que o Ronaldo Nazário. Se tu fores para alguns desses 150 países, pode usar a camisa da seleção, falar Pelé, Carnaval e Paulo Coelho que as pessoas vão saber que tu és brasileiro.

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 24/08/2022
Alterado em 24/08/2022
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