Os 150 anos do homem da vacina

Há exatos 150 anos nascia, em São Luiz do Paraitinga, no estado de São Paulo, o médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista Osvaldo Cruz (1872 - 1917). Formou-se em medicina no ano de 1892 e em 1887 foi para Paris estudar no Instituto Pasteur, por dois anos. É pioneiro no Brasil, na virada do século XX, no combate a febre amarela via brigadas que iam às casas eliminar os focos de insetos e na vacinação obrigatória da população contra a varíola.

Entretanto, como desde aquela época o Brasil já era o Brasil, os antivacina de antanho iniciaram, em novembro de 1904, a Revolta da Vacina. A resistência uniu populares, militares e, até mesmo, pasmem, médicos. Tudo isso acabou sendo superado e Cruz se tornou um herói nacional, por sua contribuição para a saúde pública brasileira. Quem diria que, quase 120 anos depois, teríamos novamente pessoas negando a eficácia das vacinas, justo agora durante a mortal epidemia de Covid-19? Mas tivemos! Como diz o jornalista e historiador gaúcho Eduardo "Peninha" Bueno, povo que não conhece a sua história está condenado a repetir os erros do passado.

Todavia, assim como o Brasil superou a ignorância no passado, o fez e continuará fazendo agora, quando mais de 80% da população brasileira compareceu aos postos a fim de se imunizar, medida que salvou a vida de centenas de milhares de cidadãos. E as pessoas que ainda não tomaram as doses de reforço, bem como as crianças aptas à vacina liberada pela Anvisa, devem fazê-lo.

No dia em que se comemora os 150 do nascimento do médico e cientista Osvaldo Cruz, o homem da vacina, usemos sua biografia como exemplo para o nosso tempo, iluminando, com o saber científico, nossa vida em sociedade. 

Um bom final de semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se e fiquem com Deus.