Neste sábado, 26 de março, a capital do Rio Grande do Sul comemora seus 250 anos de fundação. Muita coisa foi e está sendo dita e escrita sobre isso, então farei uma singela contribuição pessoal como gaúcho nascido na Região Metropolitana de Porto Alegre, a fim de não deixar passar em branco por aqui data tão importante.
Porto Alegre, pela proximidade com Charqueadas (60 quilômetros por rodovia ou cerca de 50 minutos de ônibus), é praticamente a segunda cidade de todos nós aqui da Região Carbonífera. Assim, a maioria tem uma infinidade de recordações a ela ligadas. Minha primeira referência da Cidade Sorriso é irmos de Expresso Vitória visitar minha madrinha e tia-avó Nazinha e minha tia Lizeth no Edifício Astarte, situado na rua Santo Antônio. A parte inicial da festa era ir com a minha irmã no banco da janela, ao lado da mãe, contando o gado pelo caminho com a cara grudada no vidro, para desespero de nossa genitora. Depois, ao chegar no prédio, disputar à dedaços quem apertaria os botões do interfone e do elevador. Era uma diversão daquelas, tudo tão diferente e exponencialmente maior que a nossa realidade na Colônia e em Charqueadas. Magia pura. Enquanto eu viver, a rua Santo Antônio e o Astarte serão a parte mais querida de Porto Alegre para mim.
Daí para frente, é uma infinidade de locais que, através de décadas, em diferentes anos e fases de minha vida, fizeram parte de minha interação com a cidade. Alguns deles: Ponte do Guaíba, Estação Rodoviária, Rua da Praia, Viaduto Otávio Rocha, Esquina Democrática, Largo Glênio Peres, Largo da Epatur, Mercado Público, Redenção, Praça da Alfândega, Praça da Matriz, Palácio Piratini, Assembleia Legislativa, Catedral Metropoitana e igrejas Santa Teresinha e Nossa Senhora das Dores, estádios Olímpico Monumental, Arena Grêmio e Beira Rio, Brechó do Futebol Bar & Camisertas, Ginásio Gigantinho, Estacionamento da Fiergs, Auditório Araújo Viana, Anfiteatro Pôr-do-sol, teatros Carlos Carvalho, São Pedro, Bourbon Country e Cia da Arte, Casa de Cultura Mário Quintana, Faculdade de Música Palestrina, Usina do Gasômetro, Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues, Hotel Minuano, Casa da Música (onde comprei pela primeira vez à prestação), Centro Comercial Nova Olaria, Cemitério São Miguel e Almas, cinemas Estrela, Real, Imperial, Cacique, Baltimore, Lido, São João, Capitólio, Vitória, Scala, Espaço Itaú, Guion, Eduardo Hirtz, Paulo Amorim, Imax Wallig, Estrada do Forte e avenidas Borges de Medeiros, Duque de Caxias, Aparício Borges e João Pessoa (onde vivi, trabalhei e estudei), Escola Tiradentes, Colégio Sevigné (Curso Universitário) e UFRGS, hospitais Ernesto Dornelles, Nossa Senhora da Conceição e Divina Providência, shoppings Bourbon Country, Bourbon Ipiranga, João Pessoa, Rua da Praia, Total, Praia de Belas e Barra, museus Júlio de Castihos, Margs e Iberê Camargo, Brick da Redenção, Feira do Livro, livrarias Cultura (adoro), Saraiva, Cirkula, Beco dos Livros (sebo, adoro) e Bamboletras, Sala Precisa (bar temático), bairro Sarandi, Boca dos Discos, Multisom Andradas, Catamarã, vista de Porto Alegre do Restaurante Caisinho em Guaíba, Cisne Branco e muito, muito mais, fico nesses só para citar assim, de cabeça. Se eu fosse falar de cada recordação associada a cada lugar acima citado, faria uma autobiografia relacionada à Porto Alegre!
Enfim, essa é, basicamente, a minha Porto Alegre. Deve haver coisas em comum com a tua. E, aliás, responde aí: qual é a tua Porto Alegre?