João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos
A menininha e a menina

Estávamos sentados, eu e a menininha, olhando televisão. Coisa rara, pois ando cada vez mais absorto pela imprensa e pela Internet. Um comercial da tradicional promoção Liquida Porto Alegre aparece.
Lembro de um tempo recente e digo pra ela:
- Canta aquela musiquinha do "Liqüida".
- Ãh?
- A musiquinha aquela do "Liqüida". Lembra né?
- Ah, lembro que eu cantava, mas não lembro mais como era.
Eu lembro perfeitamente. Há três anos, cantava subindo cada vez mais a voz e o tom, pronunciando o "u": "liqüida, liqüida..."
Aquela menininha não existe mais. Agora existe uma menina, em evolução, que deleta coisas sem importância emocional, perdidas junto com o outro ser que se foi.
Sou o guardião da menininha que já não existe, mas que vive em minha memória emocional, recheada de momentos alheios a menina. Por incrível que possa parecer!
Gozada essa vida, né.



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Acessem texto de Mariza Brasil:
http://www.recantodasletras.com.br/oracoes/741050
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 21/11/2007
Alterado em 23/11/2007
Comentários
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MLuiza Martins
João Guerreiro, Parabens, bonito e eu te entendo. Hoje escrevi uma crônica VAN GOGH e tb. foi compreensão da vida.Um abraço MLuiza Martins
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MEU CARINHO A VOCÊ POETA QUERIDO QUE FEZ PARTE DA MINHA HISTÓRIA. QUE AS BÊNÇÃOS DO NATAL LHE CUBRAM DE PAZ E SAÚDE. E QUE O ANO NOVO SEJA DE MUITAS REALIZAÇÕES. UM TERNO ABRAÇO, LEDAL
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Lenise Marques
João!! És poeta mesmo quando escreves crônicas!! Lindoooo de morrer!Amei! Espere para ver quando a menina for uma moça....quando te apresentar o primeiro namorado....quando casar...quando for mãe!! As crianças crescem rápido demais e ficamos com saudades a vida inteira do bebê que elas foram um dia! Mas é a vida! E nossa função (assim como foi a de nossos pais) é como dizia o Gibran, sermos o arco que vai arremessar a flecha na senda do infinito. Se eles não crescerem e não se tornarem totalmente independentes...falhamos em algum ponto! Maravilhosa crônica! Não escreva tanto sobre futebol poeta! Já há muita gente fazendo isso! Dê-nos um pouco da poesia que há dentro de ti! Se não nos falarmos mais desejo um Natal lindo na companhia de tua esposa e dessa encantadora menininha e um 2.008 cheinho de coisas boas! Um beijão da leitora, amiga e fã! LÊ
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janainacristal
Adorei, linda crônica, abrsss amigo, e muita sorte em seu caminho!
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Sunny L (Sonia Landrith)
João Adolfo. A meninina dará lugar a uma menina, depois a uma mocinha, depois a uma mulher, depois a uma mãe, mas sempre, sempre serás o teu eterno guardião. Bah, que emoção. Sunny