João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos

Portinari, artista político e social

 

Todas vezes que eu acordo

Eu acordo assustado

E o pesadelo continua

Mesmo eu estando acordado

 

As imagens parecem reflexo

De telas de Picasso

Pois tudo está confuso

Está muito complicado

 

E como em obras

De Portinari

A miséria está explícita

Sem que seja preciso que se fale

 

Esse é um trecho de canção que fiz há um bom tempo atrás, nos meus tempos de roqueiro. Lembrei dela hoje por que ontem, dia 6 de fevereiro, fez 60 anos da morte do pintor Candido Portinari. Em minha memória, do que conheci de seu trabalho, a série "Os retirantes" (imagem acima) me impactou bastante, pelo estilo e pela temática. Foi o pintor nacional com maior projeção internacional.

 

Paulista de Brodowiski - apesar do nome polonês da cidade, era descendente de colonos italianos -, veio ao mundo para pintar e desde de cedo exerceu seu dom, vivendo e morrendo por sua arte. Literalmente, em 1962, vítima de câncer, devido a intoxição pelo chumbo que as tintas que utilizava continham. Comunista de carteirinha, era politicamente ativo e ligado nos problemas dos desfavorecidos pela desigualdade brasileira, o que se refletia em sua obra. É uma das personalidades brasileiras já homenageadas nas cédulas produzidas pelo Banco Central, especificamente a de 5.000 cruzeiros (imagem abaixo), coincidência ou não, o mesmo número de obras que produziu.

 

Buenas, essa pequena crônica era só para não deixar passar em branco a data sobre esse grande pintor, que usava muito bem a cor em seus quadros, como num dos seus mais conhecidos, O lavrador de café, imagem que também reproduzo abaixo, pois o que pode combinar mais com uma crônica do que um bom café?

 

Viva Portinari! Vida longa à sua obra.

 

 

João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 06/02/2022
Alterado em 07/02/2022
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