As luzes natalinas da esperança

Estaremos, neste final de semana, no segundo domingo do Advento de Natal. Um dos grandes lances do Natal são as luzes, não é mesmo? Luzes que simbolizam esperança, eis que os caminhos, para serem bem trilhados, precisam ser, justamente, iluminados.

Adoro luzes de Natal, desde muito criança que elas me encantam, piscando na árvore natalina dentro da sala e, atualmente, também, no pátio e parede da casa. Aliás, um dos poucos encantamentos que em mim restam da infância é esse. As luzes não perderam seu esplendor ante meus olhos, que se rejuvenescem a cada final de ano. Nos natais pretéritos do pequeno Joãozinho, lá na casa cor-de-rosa dos Souza Guerreiro na Colônia, parecia que estávamos sonhando, nossas bocas então se enchiam de sorrisos e nossas línguas com gritos de alegria, mesmo que adversidades tivessem surgido ao longo do ano, pois os que semeiam entre lágrimas, com alegria colhem. Para isso, sempre, basta retirar o traje de luto e aflição e vestir o da esperança, esclarecida pela luz da Palavra.

Isso tudo lembra muito de João Batista, lá no deserto da Judéia: batismo de arrependimento para o perdão dos pecados. Dizia a voz que gritava no deserto: - Preparem o caminho e todos verão a salvação. Ou, mais adiante, Paulo: - Que o amor de vocês cresça mais e mais, em conhecimento e em todo o tipo de discernimento, para que vocês saibam escolher o que é mais importante.

E, para tudo isso, mister é a luz, como fato e como metáfora. Assim, eis as luzes de Natal, a nos lembrar dessas coisas e nos imantar de esperança.