João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Textos
Pequena crônica do 7º dia

Após os primeiros sete segundos, passaram-se sete intermináveis minutos. Sete horas e já estava tudo findo. Seguiram-se os dias, até o sétimo. Uma semana: missa completa. Corações e mentes resignados.

As estantes, vazias, não tem a utilidade de antes, já que não guardam mais as lembranças e a lembrança - a verdadeira lembrança, a lembrança que importa de verdade - estará em outro lugar, intangível, expressando-se, pela falta, no cotidiano. O tempo passará, inexorável: sete meses, sete anos, setenta e sete anos... O ônibus seguirá viagem e ficaremos pela estrada, de noite, correndo, enquanto a bateria do celular acaba e o frágil coração bate no peito, assustado.

Alheio a tudo isso, Garfield continuará marcando o tempo para quem for servir. O tempo presente e o que virá, eis que, nesse plano físico, o passado é ossos em redor de ninho de coruja, como disse Riobaldo.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 13/09/2021
Alterado em 13/09/2021
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