João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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A política e a economia ajudam a pandemia?

Quando tudo deveria estar convergindo para uma comemoração sanitária no dia 7 de Setembro, com toda a população vacinada pelo menos em primeira dose, o que temos? Balbúrdia política! Aglomerações inoportunas convocadas no Brasil todo para o Dia da Independência, visando usar a data magna pátria (que é de todos) como instrumento de manutenção de poder (de uma parte). É tão triste e lamentável tudo isso.

E claro que toda a aglomeração durante a pandemia, pró e contra o governo, é e será sanitariamente desatinada, um baita mau senso. Não aprendemos nada com as eleições de 2020? Com as festas de final de ano de 2020? Com o feriado de Carnaval de 2021? Com o morticínio por Covid-19 de março e abril de 2021? É tão difícil assim VER O ÓBVIO, ou seja, QUE PARA SAÍRMOS DESSE PESADELO TEMOS DE TOMAR VACINA, USAR MÁSCARA, OBSERVAR O DISTANCIAMENTO SOCIAL E NÃO REALIZAR AGLOMERAÇÕES, DE NATUREZA ALGUMA?

Não, parece que há quem não tenha aprendido nada. Pior: existe quem, ainda por cima, esteja cada vez mais recalcitrante em práticas danosas não somente à saúde pública como também, agora, contra a democracia representativa e o Estado Democrático de Direito, inclusive com ameaças (nem tão) veladas assim de uso de força contra o Judiciário e o Legislativo federais, caos pior do que o visto nos EUA recentemente, onde um governo fraco, inepto e acuado tenta afrontar e tutelar a democracia, inclusive comprometendo sua continuidade. O problema é tão grave que até entidades nacionais financeiras e empresariais, do campo e da cidade, lançam manifestos criticando a crise entre os poderes da República. Imaginem, a que ponto esse desatino todo chegou que até o "PIB" resolveu dar seu brado retumbante: CHEGA! Sim, pois o descalabro político pode levar ao descalabro da pandemia e a novo descalabro da economia. E é disso que o "PIB" se deu conta e é por isso que o "PIB" bradou.

A vida da das pessoas como prioridade, durante a pandemia, sempre foi tensionada pelos interesses econômicos que pediam flexibilização de medidas sanitárias de isolamento social relativas justamente às atividades econômicas. E a esfera política, caixa de ressonância que é da esfera econômica, na maior parte do tempo cedeu a essa pressão. Apesar de tudo, com a prevalência da vacinação, do distanciamento social e do uso de máscaras, o Brasil está, graças à Deus, ao SUS e à Ciência, num momento de grande refluxo da Covid-19 e das mortes por ela ocasionadas. Causa preocupação, contudo, a estabilização momentânea verificada nos patamares de queda devido à variante Delta, embora, nesse cabo de guerra travado entre a Delta e o avanço da imunização, médicos e cientistas ainda não saibam claramente o que poderá acontecer em setembro, se uma nova subida, se a volta da queda ou se a estabilização dos patamares atuais. Só sabem o que não pode: conflito político e aglomerações desatinadas para tumultuar um país que ainda enfrenta uma pandemia mortal.

Em 2020 e 2021 lutamos pela vida. Resistimos bravamente em 2020, mas fomos fragorosamente derrotados em 2021, ano em que, apesar de todo o conhecimento acumulado no período anterior, registramos mais de 70% das mortes totais por Covid-19. Já 2022 será, estamos vendo pelos acontecimentos de agora, o ano de lutarmos pela democracia, isso se ainda estivermos vivos e existir democracia representativa no Brasil em 2022.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 03/09/2021
Alterado em 03/09/2021
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