Tome Vacina! VI
Existem três tipos de comportamento das pessoas em relação às vacinas que estão atrapalhando a obtenção célere da imunidade social: as que não querem se vacinar, as que estão "escolhendo" o imunizante e as que estão tentando tomar outra vacina mesmo após já terem recebido as duas doses. Não é minha intenção avacalhar ninguém aqui, apenas conversar sobre o assunto do ponto de vista do bem comum, levando-se em conta que essa é uma situação inédita muito acima de todos nós.
Os chamados "antivacina" representam, segundo pesquisas de opinião pública, cerca de 10% da população brasileira e, para fins de imunidade social, podem ser considerados um caso perdido. Onde se pode investir visando conscientizar para a necessidade social da vacinação é nos 4% que se dizem "indecisos". Com eles, pode-se chegar à 90% da população vacinada, dá com folga para o mínimo de 70% necessário à imunidade social. Por outro lado, com o possível espalhamento da variante delta indiana, mais transmissível, já ouvi epidemiologistas colocarem que o mínimo pode subir para pouco mais de 80%. Então, TOME VACINA!
Fora dos antivacina, temos aqueles a quem estão chamando à francesa nos noticiários de "sommelier de vacina", que atrasam o andamento previsto da primeira dose ao não concordarem com médicos e epidemiologistas quando esses repetem o bordão "vacina boa é vacina no braço". Sem falar que, quase da mesma forma que os antivacina, colocam a própria vida em risco ao ficarem desprotegidos enquanto a vacina "escolhida" não se faz disponível. Pior: estão sendo agendados para o fim da fila. Na minha família, volto a dizer, tomamos CoronaVac, Oxford AstraZeneca e Jansen, pois eram as que tinham no posto de saúde quando chegou a vez de cada um. Além do mais, tu sabes, né vivente, que escolher vacina é coisa de guri. Então, vá lá e TOME VACINA, a que tiver na hora.
E, finalmente, os "vacinólatras", aqueles que são tão conscientes do valor da vacina que desejam tomar mais de uma. O problema aqui é que a pessoa está tomando uma dose já desnecessária para si e vital para outrem. Todavia, assim como os "sommeliers", os "vacinólatras" tem "salvação", pois são pessoas que entendem perfeitamente a necessidade do momento. A uns cabe deixar de escolher e a outros compete sossegarem em casa após a segunda dose. O que importa é que entoam o nosso brado: TOME VACINA!
E, por hoje, era isso. Tenha bom senso, seja razoável e TOME VACINA! Um bom final de semana para todos e fiquem com Deus.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 16/07/2021
Alterado em 16/07/2021