João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Defender a vida e a democracia

Certa vez ouvi um personagem responder, num filme, quando perguntado por que não havia tomado antes uma atitude sobre determinada situação: - "É que há o tempo de ser bigorna e há o tempo de ser marreta". Aquilo ficou na minha memória, e a julgo uma frase adequada para o período que passamos.

DEFENDER A VIDA - Hoje a luta que urge é a pela vida, no sentido de garantir a existência frente à pandemia mortal que grassa no planeta. Fazer qualquer coisa que coloque em risco tal demanda significa estar alheio ao que mais importa na conjuntura, pois, com a morte, tudo finda nesse plano físico. Assim, 2021, tal como 2020, é um ano de garantir, sobretudo, a sobrevivência, onde todo aquele que é a favor da vida humana é nosso aliado. Viver é sobreviver, correndo riscos calculados, apenas por extrema necessidade. Arriscar a vida por coisas, no momento, secundárias, é tolice.

Essa luta está, felizmente, tudo indica, encaminhando-se para a sua solução, devido ao bom resultado obtido com as vacinas, fruto do saber e da ciência contra a ignorância e o fundamentalismo ideológico antivacina, genocida e necropolítico. A vida, apesar de tudo, vencerá. Assim, tomem vacina (principalmente), mantenham o distanciamento social (não aglomerem), usem máscara e observem rigorosamente os protocolos de higienização. Tão logo entremos na imunidade social, iniciará a luta pela democracia como absoluta prioridade.

DEFENDER A DEMOCRACIA - Lamentável os fatos que já ocorriam desde 2020 e que, agora, a partir da CPI da Covid no Senado Federal, precipitam-se. É muito grave um Presidente da República, eleito pelo voto direto, agora acossado por investigações de responsabilidade quanto à condução do combate à pandemia, afrontar abertamente o Estado Democrático de Direito e a democracia representativa, ofendendo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral e colocando em dúvida - sem provas - a lisura do resultado de eleições pretéritas (inclusive a que o elegeu) e chegando ao inaceitável de afirmar que talvez nem ocorram eleições em 2022.

Logo, vemos que 2022 não será apenas o ano do Brasil escolher seu destino, oxalá corrigindo seu rumo desgovernado, mas também de seu povo garantir a democracia representativa, ou seja, defender a liberdade de escolha contra aqueles que, já sentido o fim de seu tempo no poder, começam a sofismar visando construir uma narrativa que justifique o arbítrio, reavivando a memória infame de 1964. Diante da situação posta, todo aquele que for insofismavelmente a favor da democracia é aliado.

Passada a luta pela vida (existência) e superada a ameaça à democracia, iniciará a luta pela vida digna, ou seja, pelo modelo que cada um deseja para o Brasil. Até lá, em 2022, em defesa do Estado Democrático de Direito e da democracia representativa, todo apoio ao TSE, ao STF, ao Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Está chegando a hora de sermos marreta viva, pelas ruas das cidades brasileiras, defendendo o país. Viva a vida! Viva a democracia!
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 14/07/2021
Alterado em 14/07/2021
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