João Adolfo Guerreiro
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Falta vacina para a segunda dose!

Nosso país chegou num tal grau de insensatez, insanidade e surrealidade que parecia que notícia alguma mais nos deixaria estarrecidos. Contudo, agora pela manhã, assistindo os telejornais, vemos faltar em mais de 300 cidades gaúchas CoronaVac para a segunda dose, atingindo mais de 200 mil pessoas.

Em primeiro lugar, deixem-me dizer algo antes: queriam voltar com as aulas presenciais, mas não garantem nem a segunda dose da vacina para a população! Menomale que a Justiça gaúcha ontem, por unanimidade, vetou o retorno. Retomando o assunto principal, todo o problema quanto a essa falta de imunizantes para segunda dose teve início quando o Ministério da Saúde orientou, em 21 de março, que estados e municípios priorizassem a primeira dose da CoronaVac, pois a produção no Butantan estaria a contento e supriria a demanda, sem necessidade de estoques de segurança. Balela, estava garantida coisa nenhuma, vemos agora ao faltar vacina. Gente, como cometeram um erro desses nesse momento? Como orientaram a não manter estoques para a segunda dose se, na verdade, não tinham garantia da produção, como constatamos? Que barbaridade isso, é a vida das pessoas que está em jogo! Não dá para acreditar em mais nada do que essa gente fala.

Como ficarão as pessoas, passados os 28 dias do prazo máximo para a aplicação da segunda dose? Perderão totalmente a imunidade parcial? Voltarão à estaca zero? Como fica isso, agora? Pessoal, isso é muito grave, caso de vida ou morte, os gestores públicos nunca poderiam se permitir tamanho erro. Já não chegava o ocorrido com oxigênio e os medicamentos do kit intubação país afora? Onde estamos? Onde vamos parar?

Priorizaram a primeira dose que, na prática, não garante nada, só é o primeiro passo da imunização. Fosse diferente, o cantor Agnaldo Timóteo e a mãe do padre Fábio de Mello não teriam sido vitimados pela Covid-19, mesmo depois de vacinados. Então se deveria ter garantido, sim, estoques de segurança para alguma previsão errada, como a que assistimos pelos noticiários de hoje, a fim de assegurar a segunda dose e a vida das pessoas. Pois antes termos vacinado uma quantidade menor de cidadãos em primeira etapa do que ver mais de 200 mil pessoas ficarem sem a segunda dose dentro do prazo máximo determinado pelo fabricante, correndo o risco de se perder todo o trabalho feito para a garantia da vida desses integrantes dos grupos de risco, vítimas fatais em potencial, como mostram as estatísticas.

Para finalizar, eis que notícia ruim não costuma vir sozinha, o mesmo Butantan disse ontem ter encontrado mais três variações do coronavírus circulando em São Paulo, uma delas classificada como preocupante - a B.1.351, variante sul-africana. Os epidemiologistas e microbiologistas já haviam alertado sobre isso, de que o espalhamento desenfreado no Brasil pode gerar mutações mais letais a transmissíveis do vírus a afetar o país e seus vizinhos - o que já ocorre com Argentina, Uruguay e Paraguay. Se o descontrole da pandemia por aqui ou em outras nações criar uma variante que escape da cobertura das vacinas, voltaremos literalmente ao ponto zero e, literariamente, entraríamos num apocalipse.

Rezemos para que tudo se normalize e para que o "ainda pior" não aconteça. Mas, por favor, orem em casa, dentro do quarto, com a porta fechada, em segredo, como orientou Jesus em Mateus 6:5. Evitemos aglomerações desnecessários onde quer que seja. A situação exige. 
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 27/04/2021
Alterado em 27/04/2021
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