João Adolfo Guerreiro
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Aulas presenciais sem vacinação suficiente?

Hoje foi um dia típico desta pandemia. Soube de pessoas conhecidas que se vacinaram, de outras que se contaminaram e ficaram assintomáticas, de algumas que pareciam perdidas e, felizmente, se salvaram e, por último, daquelas que foram, infelizmente, perdidas. Um dia de vida e de morte, de alegria e de tristeza, um dia como outro qualquer em tempos de pandemia. E, nesse dia, acompanho, como todos, o embate envolvendo o retorno das aulas presenciais no Rio Grande do Sul.

A imagem que utilizo deixa clara a minha posição sobre esse assunto. Não usarei argumentos técnicos, pois o assunto já se encontra deveras debatido por especialistas na grande mídia e, inclusive, alvo de uma disputa nos tribunais. Todos devem estar por demais cientes desse debate. Assim, darei tão somente uma opinião pessoal, oriunda da reflexão de um cidadão que, como todos, vive esse tempo. Penso que recém saímos de um março mortal e abril, apesar de registrarmos uma queda nos óbitos por Covid-19 em relação ao mês anterior, ainda é o segundo mês mais dramático de toda a pandemia em nosso Estado e na Região Carbonífera. E isso tudo, mortes e colapso dos hospitais, aconteceu com as aulas interrompidas, ou seja, sem mais esse vetor de circulação e aglomeração de pessoas já vivenciamos tal período de desgraça. Se as aulas estivessem em vigor, como teria sido? Com certeza pior. Logo, por que iniciar com aulas presenciais num momento como esse?

Fora isso, cabe também a pergunta: retomar qualquer tipo de aula presencial sem que todas as pessoas dos grupos de risco, pelo menos, estejam vacinadas em segunda dose, no RS? Sem que os professores estejam vacinados em segunda dose? Pois se é fato que com a nova variante do coronavírus pessoas da faixa dos 40 e 50 anos estão morrendo em maior percentual, por que colocar uma categoria onde há muitos profissionais nessa faixa de idade em risco? Mesmo que se afastem os profissionais com comorbidades, o que temos observado é uma crescente de vítimas fatais entre pessoas saudáveis da faixa etária acima. Vale a pena esse risco? Penso que não.

E as crianças? Vale o risco de ocorrer aumento do espalhamento viral, colocando em insegurança a vida dessas e de seus familiares? Penso que não, também. E vejo isso tudo como forçar uma barra num momento em que, da pior maneira, já vimos que esse vírus se alastra facilmente em atividades que exijam pessoas aglomeradas em espaços físicos. Sem antes a vacinação em segunda dose estar em um índice seguro pelo menos para as pessoas que correm grande risco de óbito por Covid-19, não há como insistir em flexibilizar regras de distanciamento social seja em escolas ou, também, em determinadas atividades econômicas e templos religiosos.

A vida é nosso bem mais precioso e não devemos correr riscos desnecessários quanto a sua manutenção. Aulas presenciais são importantíssimas? Mas claro que sim! Todavia, não mais do que a saúde e a vida de alunos, dos pais e dos professores. É o que penso.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 26/04/2021
Alterado em 27/04/2021
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