João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
Capa Meu Diário Textos Áudios Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos
Renoir: 180 anos

O dia de hoje marca os 180 anos de nascimento do pintor Pierre-Auguste Renoir, um dos grandes nomes do impressionismo francês, ao lado de Claude Monet.

A ilustração acima é do seu quadro Baile no Moinho da Galette, de 1876, uma obra do auge do movimento impressionista e a pintura mais conhecida de Renoir, juntamente com O Almoço dos Barqueiros (1881, 130 x 173 cm). Com 131 x 175 cm, Baile no Moinho, que retrata uma ativa e movimentada casa de bailes popular de Paris, traz em sua feitura todos os elementos característicos do famoso movimento: pinturas ao ar livre, retratando a vida mundana e priorizando a luz (principalmente), o movimento e a cor na busca de uma imagem vibrante, elaborada a partir da técnica da tache, isto é, "a pincelada dividida e destacada das outras" - como nos informa a historiadora de arte italiana Francesca Castellani -, instrumento para "transportar para o quadro o movimento em seu desenrolar, o instante em seu flagrante". Isso tudo, afastando a pintura da obrigação da verossimilhança, foi uma grande revolução na segunda metade do século XIX.

Particularmente, guardo uma boa lembrança de Banhista com Cão Grifon (1870, 184 x 115 cm), pintura que tive a oportunidade de ver em agosto de 2009, junto com familiares, quando ocorreu no MARGS, em Porto Alegre, a exposição Arte na França 1860 - 1960: O Realismo. Da fase inicial de Renoir, pré-impressionista, o quadro era o primeiro que se via ao entrar na exposição e, devido à sua considerável dimensão, causava impacto. Lembro de termos reparado na clareza como eram retratados os pelos das pernas da modelo. Uau syl! Também muito me cativam duas outras grandes marcas dos quadros do artista: a luminosidade dos olhos e a graça ímpar de suas figuras femininas, elementos que podemos ver contidos, por exemplo, em Jeanne Samary, em pé (1878, 172 x 103 cm).

Faleceu em dezembro 1919, após sofrer, nos últimos trinta anos de existência, com uma forma grave de artrite, que lhe trazia intenso sofrimento físico e o obrigava a amarrar os pincéis às mãos para pintar, o que fez até o último dia de sua vida, pouco antes de morrer.

O Almoço dos Barqueiros


Banhista com Cão Grifon

Jeanne Samary, em Pé

 
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 25/02/2021
Alterado em 25/02/2021
Comentários