A pólvora da China
Estados Unidos, Comitê Central Democrata. Madrugada de quarta-feira. Joe Biden está apreensivo, mas não com a teimosia do futuro ex-presidente Donald Trump, que insiste em não aceitar a derrota eleitoral e geme de dor na Casa Branca, recebendo consolo nos lindos braços de Melania. O que realmente preocupa o presidente eleito estadunidense é outra coisa.
Biden chama seu assessor militar, John War:
- John, o que é pólvora?
- Pólvora, presidente Biden?
- Sim, pólvora. O meu futuro colega brasileiro disse que usará essa arma contra a gente, se eu fizer um bloquerio comercial contra o Brasil, caso ele não tome uma atitude firme contra a escalada de queimadas criminosas na Amazônia. O que é isso? É perigoso? É uma arma secreta?
- Senhor presidente, espere um pouco, deixe eu pesquisar com alguns contatos que possuo na CIA, no Pentágono e em West Point.
Cerca de meia hora depois, retorna John War:
- Presidente Biden, já possuo a informação que o senhor me pediu.
- Por favor, John.
- Pólvora é uma combinação pouco explosiva, geralmente usada como propulsora em armas de fogo individuais. Foi muito utilizada até a Segunda Guerra Mundial, antes da bomba atômica.
- É mesmo? Apenas isso, John?
- Sim, senhor presidente. Foi inventada na China, no século IX.
- Na China?
- Na China, senhor presidente.
- Ah, tá. Thank you, John.
Depois disso, Joe Biden foi pra casa dormir aliviado, esperando feliz pelo dia de sua posse.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 11/11/2020
Alterado em 12/11/2020