Tricampeão, tricolor e... colorado?!?!
Há uma estrela dourada na bandeira do Grêmio. Ela não está ali por acaso ou pra bonito, mas sim para homenagear um grande jogador do clube, motivo de orgulho para o Tricolor, assim como Renato Portaluppi e sua estátua e o Eurico Lara citado no hino. O nome do "homem estrela" é Everaldo, que foi lateral-esquerdo do Grêmio e da Seleção Brasileira nos anos 1960 e 70.
Everaldo Marques da Silva nasceu em 11 de setembro de 1944, em Porto Alegre. Jogou no Grêmio - como amador e profissional - de 1957 a 1974. Morreu em 27 de outubro de 1974, há exatos 46 anos, ao sair de um posto de gasolina e chocar-se com um caminhão na BR 290, em Arroio dos Ratos, retornando de um jogo beneficente em Cachoeira do Sul. Era candidato a deputado estadual pela ARENA. Dirigia o automóvel Dodge Dart que ganhara de uma concessionária por ter sido tricampeão mundial com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do México, em 1970. No acidente, morreram também sua esposa e uma das filhas. A sobrevivente, Denise, revelou algo surpreendente em 2014, numa entrevista para o jornalista Gluco Pasa, do site g1:
"- Ele era colorado. Toda a história conta que ele era colorado - afirma Denise, que também é torcedora do Inter. - Mas a gente sempre pega amor a quem nos dá carinho, e quem deu carinho para ele foi o Grêmio".
- "Quando eu era bem novo, a gente torcia pelo Inter - acrescenta o irmão de Everaldo, Ariovaldo da Silva, relembrando os velhos tempos".
Assim se vê que Everaldo nasceu para ser de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, do Brasil e do Mundo, mas, sobretudo, para ser uma eterna estrela dourada na bandeira gremista, esse pioneiro que foi o primeiro atleta a ser campeão mundial atuando por um clube gaúcho.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 26/10/2020