João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
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Dia da Professora

Hoje ficaria na memória apenas como uma quinta-feira qualquer da primavera de 2020, ano da pandemia da Covid-19, não fosse por ser Dia do Professor e aniversário do meu chefe. Sim, aniversário do meu chefe, oras. Ele, de certo modo, não deixa de ser um mestre, né? Até nascer no Dia do Professor ele nasceu! Além de ser o cara da grana, também, claro.

O sol entra belo pela janela nesse final de tarde, foi um dia lindo. Mesmo com o vento frio desde a manhã, um belo dum dia para se fazer um churrasco para comemorar o Dia do Professor e o níver do chefe. Dia do ProfessOr... Esse O aí soa meio estranho para mim, sabe? Existe muito pouco professor, a maioria são professorAs. Então, o correto, deveria ser Dia da ProfessorA, com A no final, não é mesmo? Eu acho que sim, pelo menos. Sou de uma família de professoras. Minha mãe e minha tia são professoras, minha esposa, irmã e as quatro primas. Uma professoraiada na família! Então, pra mim, é Dia da ProfessorA, ponto.

Está barra ser professora nesses tempos. Antes mesmo da pandemia, a categoria, há anos desvalorizada, desprestigiada e relegada a uma condição salarial baixa, passou a ser perseguida ideologicamente por políticos e militantes de extrema-direita. Persegue-se a ciência, o saber e, porconseguinte, os cientistas e as professoras. Por outro lado, agora o Governo do Estado quer a volta das aulas presenciais, mesmo sem termos vacina ainda. É a treva!

Eu lembro de muitas das minhas professoras. A Liliane, a Chiquita, a Dione, a Ivone e a Bete lá no Ramiro Barcellos. No Cruz de Malta o Cláudio Tigrão, o Zé Olavo, a Arani, a Maria Edi, a Nerina, a Ana Leci (linda, parecia a Vera Fischer), a Itália e a Cousa (não lembro o nome dela, agora, mas lecionava português e falava "cousa" em vez de coisa). Fiquemos por aqui, não vou entrar no segundo grau, na universidade e na pós graduação para não esticar muito. Fica o registro das primeiras, pois elas, a gente nunca esquece.

E o aniversário do Barbosa, meu chefe, 52 anos o cara. Tá inteiro chefe, pensei que tinha uns 40, 42 no máximo (mentira, é só para fazer um agrado, tu tá com cara de 52 mesmo). Grande chefe, tricolor - como todo o grande chefe. Parabéns, mas "o presente eu não trouxe, nunca mais vou trazer". Sacanagem, vou pedir alguma coisa pela tele entrega pra ti. Abraço, não. Sabe com é, Covid, esse lance. Sem abraços.

Putz, caiu no chão minha xícara do Grêmio! Gata miserável! Não tem importância, passo café de novo e bebo na minha caneca de Santo Amaro. Era isso, ainda tem sol lá fora e eu vou curtir um pouco. Levei só 45 minutos escrevendo essa crônica, show de bola. Parabéns para todas as professorAs e professorEs pelo seu dia. E felicidades, chefe.

Fiquem todos com Deus.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 15/10/2020
Alterado em 15/10/2020
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