Eleições: a vida como prioridade absoluta
Domingo inicia a propaganda eleitoral das eleições 2020. A votação em primeiro turno está marcada para 15 de novembro. Mesmo que ainda não saibamos como estaremos nessa data, se a pandemia estará em queda ou voltando a subir, se será seguro ou não sair para votar, o fato é que iniciará a propaganda e, a princípio, a data está definida.
Nesse caso, 2020 nos mostra que, acima de todos os interesses econômicos, políticos, sociais, filosóficos, religiosos ou ideológicos, o que estará em jogo dia 15 de novembro será a manutenção da vida humana frente à pandemia que nos assola. Ouso dizer que a decisão, independente de partidos políticos, será entre os que priorizam a vida humana e os que a relativizam em prol de outros interesses, como os acima mencionados. Ou o candidato será absolutamente um defensor da vida ou será contra ela, não haverá meio termo, eis que toda relativização dessa prioridade, na prática, ocasionará a morte de pessoas em número maior do que ocorreria num quadro onde medidas de proteção à vida sejam a tônica.
Se tu é uma das pessoas que concordam que a vida humana é tudo o que importa nesse momento, apoie, indique, financie e vote em partidos e candidatos e candidatas que já demonstraram e continuam demonstrando que, ao assumirem as câmaras de vereadores e as prefeituras, colocarão a nossa vida à frente de qualquer outro interesse. Não há promessa de prosperidade material que se sobreponha à dádiva essencial que é existir e ao privilégio que é viver, pois morto não prospera, apenas se decompõe. A nossa vida e a vida das pessoas que amamos, a vida das pessoas dos grupos de risco, não é secundária, é tudo o que possuímos e nos interessa manter.
Existem políticos e partidos para todas as preferências que se enquadram no perfil de defesa inconteste da vida, escolha o seu entre eles e assuma publicamente sua escolha, pois, nesse momento, isso é o certo e o necessário a ser feito, há muito em jogo, a vida está em jogo. O muro não será um lugar seguro para ninguém. Não esqueça que as pessoas que priorizam dinheiro e poder, que relativizam, minimizam ou negam a gravidade do que está acontecendo, defenderão e votarão em candidatos conformes com seu pensamento e, se esses políticos forem eleitos, a primeira coisa que farão será abrir as porteiras para o vírus. Lembram do empresário que disse lá no início de tudo isso que "o Brasil não pode parar só porque 5 ou 7 mil pessoas morrerão"? Pois é, depois dirão "o Brasil não pode parar só porque 250 ou 270 mil pessoas morrerão".
O que acontecerá na eleição de 2020 será a luta entre a prevalência da vida ou da morte. A escolha é tua. Não se abstenha, pois, na realidade, essa não é uma opção. O exercício cidadão da política e o voto, no Estado Democrático de Direito, darão o rumo a ser seguido pelos próximos quatro anos nas cidades em que vivemos, e isso justamente no período em que a vacinação estará ocorrendo e as decisões político-administrativas nos municípios serão vitais.
Faça a sua parte, lute pela vida, escolha viver. Seu voto salvará vidas.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 25/09/2020
Alterado em 25/09/2020