Atos que ajudam (a pensar)
Boas ações são tudo nesse momento em que enfrentamos a pandemia. O auxílio que pessoas físicas e jurídias tem prestado a casas de saúde e a pessoas em situação de vulnerabilidade social - o grupo mais exposto aos riscos graves da Covid19 -, pelas mais diversas formas, conforme é noticiado pela grande mídia, é um bom exemplo da solidariedade humana necessária para que vidas humanas sejam salvas até que uma vacina ou tratamento eficazes surjam.
Estamos numa crise política inoportuna que mostra, muito mais do que a inacreditável determinação de alguns em colocar vidas a serviço da economia, e não o contrário (o que deveria ser o certo), que a preocupação com o poder supera a da que teria de haver em relação à pandemia, como prioridade urgente e vital. Lamentável tudo isso, parece surreal, mas é a realidade pela qual estamos passando, colocando o povo brasileiro à mercê desse grave mal, principalmente os idosos, doentes crônicos e pessoas pobres.
O ideal para evitar o espalhamento do vírus seria o isolamento social, como exemplifica a experiência dos países que melhor conseguiram enfrentar essa crise sanitária - ao contrário de Brasil e Estados Unidos, dentre outros. A grande questão que se coloca - ou que deveria se colocar - é como manter as pessoas em casa com água, luz e alimentação? Já falei numa crônica anterior sobre a construção de um fundo de emergência social para isso, não repetirei esse argumento aqui. Esse fundo, aliado as ações que citei no primeiro parágrafo, consistiria, na prática, em colocar as vidas em primeiro lugar, priorizando-as.
A propósito disso, lendo a Biblia, deparei-me com uma passagem que serve como reflexão. Em Atos dos Apóstolos, no capútulo 4, encontramos, entre os versículos 32 e 35, o Sumário: União dos primeiros fiéis: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum. Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da Ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça. Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade."
Fiquem em casa, fiquem com Deus. Um bom final de semana para todos.
Texto publicado no site do jornal Portal de Notícias:
https://www.portaldenoticias.com.br/colunista/53/cronicas-artigos-joao-adolfo-guerreiro/