A guerra contra o vírus está no início: ajudem os hospitais
Está no início o enfrentamento que nossas comunidades fazem contra a Covid-19. A nosso favor, conta que ela não tem mais o elemento surpresa, pois a sociedade brasileira já sabia do problema e pode se preparar em seu front, que é justamente a parte mais importante: cada um de nós.
Já sabemos, individualmente, como evitar a contaminação e o espalhamento através de procedimentos, protocolos e produtos que podemos utilizar em nosso cotidiano, principalmente via o isolamento social, pois temos a nos ajudar o fato de que o vírus não tem pernas e, portanto, não correrá atrás de nós. Ao contrário, ele depende da gente para se deslocar, e isso podemos no dia-dia evitar que aconteça. Assim, quem está zanzado a toa pela rua, sem ser a trabalho ou por outro motívo útil e imperioso que o justifique, está lutando a favor do inimigo e contra a vida das pessoas dos grupos de risco, eis que se arrisca a ser um espalhador do vírus de forma gratuíta, sem nenhuma serventia social edificante.
É no front, em cada casa e em cada local público onde teremos necessidade extrema de ir (fora isso, o isolamento) que podemos parar o vírus, organizados por nossos estados-maiores, ou seja, governos municipais, estaduais e federal. Eles, por sua vez, através de decretos e ações práticas de combate, como higienizar ruas e locais públicos, interromper as aulas e diminuir a circulação de pessoas de várias formas, estão agindo. Mas, se o vírus passar pelo front e invadir a segunda linha defensiva de nossa formação, ou seja, a nossa casa, através de uma pessoa contaminada, então é ali que o combate se dará, isolando-se o indivíduo sintomático e o cuidando segundo as orientações médicas.
Entretanto, se a situação do doente se agravar, a última fronteira de resistência serão os hospitais. Será neles que a derradeira batalha pela vida de nossos entes queridos se dará, tendo como armas os equipamentos hospitalares e o treinamento e conhecimento científico na área médica dos profissionais que lá trabalham, nossos, ao mesmo tempo, soldados de elite e anjos da guarda, sejam eles médicos, enfermeiros, motoristas, guardas, gestores e pessoal da limpeza, todos eles, todos correndo enorme risco de vida. Agindo com responsabilidade, atenção, rigor e atruísmo no front, você diminuirá o risco para esses profissionais e evitará a superlotação daquelas casas de saúde, contribuindo para salvar vidas.
Tendo em vista tudo o que escrevi acima, quem puder faça como as pessoas físicas e jurídicas que vem auxiliando nossos hospitais, pois eles estão precisando e estão pedindo, desde dinheiro depositado em conta bancária até equipamentos de proteção e produtos os mais variados. Basta acessar, por exemplo, as páginas do Facebook que os hospitais mantém e encontrar lá todas as solicitações e a forma de encaminhá-las.
Em São Jerônimo, o Hospital de Caridade disponibilizou duas contas, no Banrisul e no Banco do Brasil, além do fone 3651 8500. Aqui em Charqueadas, o hospital disponibilizou o fone 3658 3962 e o email charqueadas@ahvn.com.br. Se vbocê é de outra cidade onde existe um hospital, ajude-o também.
Juntos, todos nós, podemos vencer essa guerra. Disse o óbvio, mas o óbvio, colocado em prática, salvará vidas nos meses que seguirão. Cuidem-se e cuidem. Deus ilumine a todos.
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 03/04/2020
Alterado em 04/04/2020