João Adolfo Guerreiro
Descobrindo a verdade/ sem medo de viver/ A liberdade de escolha/ é a fé que faz crescer.
Capa Meu Diário Textos Áudios Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos
Luciano "Carlos Nogueira" Belgrado

1977 foi indubitavelmente um ano muito legal. Além do Grêmio ter sido Campeão Gaúcho após oito títulos consecutivos do Inter, com aquele gol mágico do André Catimba depois de grande pifada do Iúra, tivemos também o lançamento do LP Don't Let me Be Misunderstood pelo grupo disco Santa Esmeralda. O grande hit foi a canção homônima, uma versão do sucesso da banda de rock The Animals (1965) que, por sua vez, já era a regravação da original da cantora de jazz Nina Simone (1964).

Por que recordei disso? Bem, é que comprei o novo CD do Luciano Belgrado (foto acima), Versão Acústica, e ele abre com essa canção, inspirado justo na energética e latina versão do Santa Esmeralda, com aquele vocal carismático do cantor Leroy Gomez. Não que Nina Simone e o Eric Burdon (vocalista do The Animals), grandes vozes, não tivessem propiciado interpretações marcantes para Don't Let Me Be Misunderstood, mas é que a de Leroy foi especial por ser um grande sucesso mundial do período da disco music ou discothèque, durante os anos 70.

Como sou de um tempo em que se comprava LP e também CD e se levava para a casa para ouvir atentamente o trabalho do artista na íntegra, não perdi ainda o hábito. CD no blue ray, pizza e cerveja à disposição, coloquei para rodar Versão Acústica. Ele remete, como o próprio nome o indica, a referências desse tipo de produção acústica com repertório do pop rock internacional das décadas de 1960, 70, 80 e 90, principalmente: Danni Carlos e Emerson Nogueira. Carlos conheci ouvindo como música de fundo na saudosa pizzaria 6 Formas, lá na Vila Piratini. Perguntei quem era e o dono me mostrou o CD dela, Rock"N Road. Entretanto, deparei-me primeiro com Nogueira, na locadora Babushkas, ao ver um CD de fundo preto com um violão Gibson em primeiro plano, intitulado Versão Acústica. Como já disse, consumidor de CD, gostei da capa, do repertório e da proposta e, tendo o Chico afiançado que era bom, comprei e levei para conferir. Ouvi durante um churrasco lá na minha residência e o pessoal aprovou. Acabei comprando, ao longo dos anos, os novos lançamentos deles nesse formato, que remete ao singelo e despojado voz & violão tradicional que fazemos em casa, só que mais burilado e em nível profissional. E o bom é que, mesmo que tenham em comum uma mesma canção, cada CD dese tipo traz a inconfundível marca do artista, sua identidade e assinatura, como é o caso do Luciano.

Para ouvir o VA do Luciano Belgrado optei pela pizza e a cerveja, que possibilitam maior concentração, eis que churrasco tem sempre zoeira junto. Além de Don't Let..., o CD inclui mais nove canções do gênero acima citado. Destacaria ainda California Dreamin (The Mamas & Papas), com vocais de apoio de Gustavo Salvator, excelente. Psycho Killer (Talking Heads), Born To Be Wild (Steppenwolf, lançada no ano em que eu nasci e tema do icônico filme Sem Destino) e Have You Ever Seen The Rain (Creedence, inspirada no Festival de Woodstock) também fizeram a pizza mais saborosa e a cerveja mais refrescante. Uau syl, que noite. Em suma, o CD do Luciano é profi, indicadíssimo para quem curte esse tipo de som e pode ser adquirido nas redes sociais dele: Facebook (Luciano Belgrado), Instagram (@iamlucianobelgrado) e You Tube (EuSouLucianoBlegrado).

Versão Acústica é produzido pelo Luciano e marterizado por Adriano Draga. Recomendo.



 
João Adolfo Guerreiro
Enviado por João Adolfo Guerreiro em 03/03/2020
Alterado em 03/03/2020
Comentários